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O Diretório Central dos Estudantes da Universidade de Pernambuco (UPE) prepara para amanhã uma passeata em favor do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. Eles querem denunciar a “morte” da unidade, que teve sua crise agravada em julho, quando internações e serviços foram reduzidos por falta de verbas. O alvo das críticas é o Governo do Estado, ao qual a unidade está vinculada. “As medidas anunciadas pelo Estado não resolveram os problemas do hospital, que tem mais de R$ 8 milhões em dívidas”, alega João André Oliveira, um dos coordenadores do DCE. Segundo o diretório, além dos serviços prestados à comunidade, o Oswaldo Cruz é um importante hospital-escola. A falência da unidade provocaria, desse modo, conseqüências para diferentes segmentos da sociedade. Além de chamar a atenção do Governo do Estado, os estudantes desejam também pedir apoio ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que tem vinda prevista para sexta-feira ao Recife (ainda não confirmada). A manifestação terá início às 9h30, em frente ao hospital, em Santo Amaro. De lá, os estudantes pretendem seguir até o prédio da Secretaria Estadual de Saúde. A passeata prosseguirá rumo ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo. Estão sendo mobilizados estudantes dos cinco cursos da área de saúde da UPE e das demais escolas da universidade. Secundaristas e estudantes de cursos técnicos de saúde também estão sendo convocados, assim como médicos-residentes e o corpo funcional do Oswaldo Cruz. Giliate Coelho Neto, coordenador do Diretório Acadêmico de Medicina, diz que o Sindicato dos Médicos e o Conselho Regional de Medicina apóiam o ato. Duzentos cartazes, denunciando a “morte” do HUOC e cobrando explicações do governador Jarbas Vasconcelos e do secretário estadual de Saúde, Guilherme Robalinho, foram espalhados no campus de Santo Amaro, convidando a comunidade para o manifesto. Uma faixa também está exposta no HUOC. Flávio Bastos, presidente da Associação dos Funcionários do HUOC, diz que a entidade participará da passeata. “Apesar de o Estado ter anunciado uma verba de R$ 1,1 milhão e uma cesta de medicamentos básicos para a emergência, a situação não mudou muito”, alega. Segundo ele, a ocupação do leitos não foi retomada por completo e permanecem reduções de exames laboratoriais para pacientes do ambulatório. O diretor do HUOC, Ricardo Coutinho, reconhece que o hospital permanece com algumas dificuldades. No entanto, explica que a crise já não é tão aguda como a de julho. Segundo ele, com os recursos liberados pelo Estado foi possível abastecer o Oswaldo Cruz. Conselho Gestor do Oswaldo Cruz será instalado hoje Será instalado, às 16h de hoje, o Conselho Gestor do Hospital Universitário Oswaldo Cruz. O colegiado será formado por representantes de usuários, trabalhadores e gestores da saúde. O grupo vai acompanhar o administração do hospital e poderá sugerir novas diretrizes. “Já devíamos ter um conselho gestor há muito tempo. Vamos acompanhar a aplicação de recursos no hospital e definir prioridades”, avalia Flávio Bastos, presidente da Associação dos Funcionários. O coordenador da Comissão Pró Conselho Gestor, professor Itamar Lages, explica que o colegiado é uma exigência do SUS. A implantação também é um requisito do programa de certificação de hospitais de ensino, dos Ministérios da Saúde e da Educação. O conselho terá 16 membros titulares e 16 suplentes. Cerca de 50% serão representantes de usuários: seis entidades de pacientes ou que lidam com eles, mais duas pessoas do movimento estudantil. Dos oito restantes, metade será composta por funcionários e a outra parte por dirigentes do HUOC, da UPE, da Secretaria de Ciência e Tecnologia, a quem o hospital é vinculado, e do Distrito Sanitário II. Os membros vão se dedicar nos próximos seis meses a elaborar o estatuto do grupo e preparar as eleições para a próxima composição. DPCA ouve médicos sobre crianças mortas após transplante A Diretoria de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) começou a ouvir ontem médicas do Hospital Universitário Oswaldo Cruz que encaminharam o garoto Gilvan Bezerra da Silva Filho, 11 anos, para transplante de medula óssea no Real Hospital Português de Beneficência, no Recife. O menino e o irmão dele, Gilmar, 8, que doou a medula, morreram em maio deste ano, após o tratamento. A família suspeita que houve negligência no Setor de Transplante de Medula Óssea (TMO) do Português. “Espero na próxima semana convocar a equipe do Hospital Português para prestar depoimento”, adiantou ontem a delegada Conceição de Fátima Ferreira, responsável pelo inquérito que apura as mortes. Parentes e amigos da família das crianças já foram ouvidos pela DPCA. A delegada vai solicitar da Secretaria Estadual de Saúde os resultados da investigação iniciada em junho sobre o caso. Ela já recebeu, no entanto, o laudo do Departamento de Patologia da Universidade Federal de Pernambuco sobre a morte do doador, o garoto Gilmar. Segundo Conceição, ficou constatado que a criança teve hemorragia no cérebro associada a uma leucocitose, ocorrida “na vigência de estímulos medicamentosos para aumento de leucócitos”. Em junho, quando o caso teve visibilidade na imprensa, a equipe de TMO do Hospital Português, que é conveniada ao SUS, negou negligência. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com informações do Jornal do Commercio.

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