
Vacinação: Pais e responsáveis têm direito a todos os esclarecimentos (foto: Sandro Araujo/Agência Saúde)
“As vacinas têm salvado vidas ao longo dos anos e graças a elas a varíola foi erradicada, a poliomielite, o tétano, a febre amarela e o sarampo foram controlados. Também graças à vacina, a covid-19 está sendo controlada. Hoje, por queda na adesão vacinal, algumas doenças estão reaparecendo”, alerta Tatiana Della Giustina, 2ª secretária do CFM.
Conselheiro federal e médico da linha de frente em Roraima, Domingos Sávio pontua que a covid-19 é a maior responsável pela morte de crianças de 5 a 11 anos nos últimos 15 anos dentre todas as doenças para as quais já existem vacinas.
“Quando comparada às demais doenças imunopreveníveis do calendário infantil, a carga da covid-19 está longe de ser desprezível na pediatria. Casos, hospitalizações, complicações, sequelas, Síndrome Inflamatória Multissistêmica (SIM-P) e covid longa são exemplos das manifestações clínicas relacionadas à doença na infância. Desde o início da pandemia no Brasil, foram mais de 34 mil internações e mais de 2.500 óbitos na faixa etária de 0 a 19 anos”, chama a atenção Natasha Slhessarenko, conselheira federal, pediatra e patologista.
Natasha destaca que, “na faixa etária de 5 a 11 anos, houve mais de 300 óbitos por covid-19, número significativo especialmente por serem crianças. Sendo importante ressaltar que essas vacinas reduzem a chance de transmissão e previnem a evolução para formas graves e óbitos, embora não impeçam que vacinados se infectem e transmitam a doença”.
Sobre os riscos, a pediatra afirma que “quanto à segurança, um dos efeitos adversos temíveis com a vacina da Pfizer é a miocardite/pericardite, fato extremamente raro e com maior tendência em pessoas entre 15 e 18 anos do sexo masculino, especialmente nos primeiros dias após a 2ª dose. O alargamento do tempo entre a 1ª e a 2ª dose para mais de 30 dias reduz em cinco vezes o risco desse efeito adverso, além de agregar maior valor à resposta imune. Sendo importante lembrar que a dose aplicada em crianças de 5 a 11 anos é de um terço da dose do imunizante de adulto”.
Além do esquema completo de vacinas, também é importante a manutenção das medidas não farmacológicas de prevenção à covid-19.