
Foto: Thaís Dutra
A vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra a covid-19 foi tema de diferentes reuniões com a participação do Conselho Federal de Medicina (CFM). A autarquia entende que a vacinação dessa faixa etária não deve depender de prescrição médica.
Em audiência promovida pelo Ministério da Saúde sobre o tema, o 1º vice-presidente, Donizetti Giamberardino Filho, defendeu que a prescrição pode se tornar uma forma de restrição de acesso em um país com tantas dificuldades e diferenças. “Nós temos que proporcionar acesso e informação para dar mais segurança à população”, ressaltou.
Donizetti afirmou que não há previsão legal para prescrição médica de vacinação e que essa imposição só responsabilizaria o profissional. “Entendemos que colocar a indicação para o médico, que é pessoa física, é dividir a responsabilidade de uma ação coletiva que cabe ao Ministério da Saúde. Excepcionalmente, o médico pode avaliar casos de contraindicação ou de priorização, mas não de prescrição”, disse o 1º vice-presidente.
Plenário – O colegiado do CFM, que corrobora o entendimento exposto na audiência pública, reforça que pais e responsáveis devem ser esclarecidos sobre todas as dúvidas que tenham sobre imunização, não havendo, porém, necessidade de assinatura de termo de consentimento para aplicação da vacina quando as crianças estiverem por eles acompanhadas. Caso a criança seja levada aos postos por terceiros, o CFM destaca a importância de que os pais autorizem por escrito a aplicação.
O CFM apoia a vacinação e estimula os cidadãos a fazerem sua parte nesse processo. A autarquia classifica como importante também manter as medidas sanitárias já preconizadas, como o uso correto de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social. Defende ainda o aumento na oferta de leitos, o abastecimento dos estoques de insumos e medicamentos e a valorização dos profissionais de saúde.