CRM VIRTUAL

Conselho Federal de Medicina

Acesse agora

Talvez não haja palavra mais repetida hoje que mudança. Com a velocidade das transformações no mundo, cinco anos é um longo período; quinze, vinte anos, uma vida. Mas para se falar de mudança, é imperioso que se defina o seu objetivo, o que se pretende mudar. As entidades médicas vêm empreendendo um inegável esforço para construir e consolidar sua união, que se tem traduzido em resultados concretos, sempre imbuídas da noção de que as lutas devem ser em torno de teses que visem melhorar a qualidade de vida da população, através do desenvolvimento de políticas sociais justas e eqüitativas. Em relação aos médicos, as entidades buscam caminhos para garantir-lhes condições de trabalho e remuneração digna. Reputar a categoria médica de corporativista, negando-se a enxergar a atuação dos Conselhos de Medicina em toda sua abrangência, é uma visão extremamente curta. Destacar as possíveis deficiências é prestar um enorme desserviço à sociedade. As lideranças médicas vêm demonstrando, como nunca, as preocupações da classe com os problemas que envolvem a formação médica e o exercício profissional. Existe uma profunda coincidência entre os interesses dos médicos e os interesses sociais mais amplos. Temos discutido e trabalhado intensamente pela revisão de alguns pontos inadequados e pela conquista de outros imprescindíveis. O projeto de Lei do Ato Médico – que define os atos privativos dos médicos e os que podem ser compartilhados – ao contrário do que alguns tentam fazer ver, não é uma exigência corporativista, e sim uma preocupação com a segurança da população. É premente a tramitação e aprovação do Projeto de Lei de mudança dos Conselhos de Medicina, imprescindível para modernizar e agilizar a atuação destes órgãos. Outra questão é a abertura de novas escolas médicas, em um país onde entre novembro de 2001 e junho de 2003 assistiu-se a um incremento da ordem de 35%, sendo 80% delas privadas. A democratização do acesso ao ensino superior é muito bem vinda. Mas, e a preocupação com a qualidade? As deficiências na formação profissional não representariam uma ameaça pública? A implantação do plano de carreira do profissional médico no serviço público é inadiável. A consolidação do bem concebido PSF – Programa de Saúde da Família, certamente com as correções necessárias, é outro pilar dessas mudanças. Temos que envidar todos os esforços na implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos e do Projeto Diretrizes – dois instrumentos de elaboração cuidadosa e competente, com preocupação ética e científica -, visando adequá-los às necessidades de um atendimento digno à população. É preciso que se entenda que os Conselhos de Medicina têm limites de atuação. Eles funcionam sob uma Lei que data de 1957. O financiamento insuficiente da saúde pública é um grande desafio a ser enfrentado: 17 estados da Federação descumprem a Constituição ao não aplicar o que define a Emenda Constitucional nº 29, do ano de 2000. Não temos, nós médicos, nem nossas entidades, a pretensão de achar que somos infalíveis e estamos acima das críticas à nossa prática e atuação. No entanto, seria muito mais construtivo que a sociedade voltasse o olhar para os nossos acertos e nos ajudasse a trilhar caminhos que inspirem a vontade e o orgulho de podermos ouvir expressões como esta: “Se você pudesse ouvir o nosso coração, encontraria sintomas incuráveis, como carinho e agradecimento pela sua profissão.” Parabéns pelo seu dia. 18 de outubro. “As lideranças médicas vêm demonstrando, como nunca, as preocupações da classe com os problemas que envolvem a formação médica e o exercício profissional. Existe uma profunda coincidência entre os interesses dos médicos e os interesses sociais mais amplos”.

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.