O equívoco do presidente do CRM Nadja Vasques Me causou estranheza o comportamento do presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Sebastião Lanzieri, durante entrevista aos jornalistas da TV Centro América, Elias Neto e Larissa Fernandes, quinta-feira. Ao ser questionado sobre a decisão da juíza da 10ª Vara Criminal, Flávia Catarina de Amorim, de processar quatro médicos denunciados pelo Ministério Público Estadual por erro, que resultou na morte da comerciante Leodina Magalhães de Siqueira Moura, 61 anos, em 21 de setembro de 2001, simplesmente disse que não entendia por que erro médico virava notícia. Em tom de reclamação, disse ainda que em outras categorias profissionais isso não ocorria. Recuperado do susto, o apresentador Elias Neto informou que casos semelhantes de outras categorias profissionais também eram noticiados e citou como exemplo os policiais. Como telespectadora, acho que Lanzieri foi prepotente e grosseiro. Como jornalista, acho que ele está equivocado. O fato não merece apenas ser noticiado como também deve ganhar destaque. Pela primeira vez o Ministério Público oferece denúncia em um caso como esse. Para justificar a sua posição, Lanzieri informou que o CRM é a entidade que tem permissão do Estado para analisar e julgar esses casos e que o mesmo conselho avaliou e não considerou que faltou ética a um dos quatro envolvidos no episódio. Lanzieri tem razão quando diz que o CRM tem poderes concedidos pelo Estado para julgar os seus colegas e financiadores, que não devem ter do que reclamar, mas que com certeza não atende aos anseios de uma sociedade que a cada dia cobra uma postura mais ética de todos os prestadores de serviço. Para mostrar que realmente o CRM não contempla os anseios daqueles que o procuram em busca de Justiça, pessoas que acabaram de passar por um imenso trauma, basta analisar o relatório da Ouvidoria do SUS em Cuiabá. Das 21 denúncias encaminhadas ao CRM pela Ouvidoria em dois anos, apenas uma virou processo, num caso “gritante”, conforme o ouvidor, Luiz Fernando Rogério. Sete foram arquivadas e as outras ainda não tiveram resposta. Lanzieri disse também, durante a entrevista, que o médico erra, como qualquer outro ser humano, e ele está certo. Porém, ele deve assumir a responsabilidade. No caso da comerciante, que morreu em decorrência dos efeitos colaterais causados pelo anticoagulante “Ticlid”, além de sucessivos erros, os médicos também foram denunciados por fraude processual, ou seja, segundo o Ministério Público eles alteraram o prontuário, prejudicando a fiscalização dos procedimentos adotados. No dia da morte, um dos médicos foi capaz de dizer que as dores sentidas pela paciente eram “psicológicas”. Nadja Vasques é editora de Cidades e escreve neste espaço aos sábados.

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