De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Honorários Médicos e da Câmara Técnica Permanente da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, Amilcar Martins Giron, a nova edição da CBHPM deverá ser publicada até o início de agosto. No dia 1º de julho, foi realizada na sede da Associação Médica Brasileira, em São Paulo, a sétima e última reunião prevista entre as entidades médicas nacionais – AMB, Conselho Federal de Medicina e Federação Nacional dos Médicos – Unimed, Unidas e Sociedades de Especialidade para o ajuste de algumas distorções da terceira edição da CBHPM, lançada em 2004. Uma das principais decisões do encontro foi o fim do adicional de 50% para as cirurgias videolaparoscópicas, que passarão a contar com quatro adicionais diferenciados, de acordo com a complexidade de cada uma. “O reajuste real da cirurgia por vídeo pode chegar a 70% em alguns casos, enquanto em outros não atingirá os 50%”, explica Giron. Sociedades de Especialidade que utilizam o procedimento, como Gastroenterologia, Urologia, Anestesiologia e Ginecologia, participaram da decisão. “Seguindo o critério da complexidade, esta foi a melhor solução possível e a mais prática para os médicos”, avalia o presidente da Câmara Técnica, ao enfatizar a importância do consenso com a Unimed e a Unidas. Segundo Giron, apesar de pequenas pendências envolvendo custo operacional, a elaboração da nova edição da CBHPM está em fase de revisão final. Alguns procedimentos apontados pelas Sociedades de Especialidade foram submetidos à Câmara Técnica de Avaliação de Tecnologias. Desde janeiro, a Comissão Nacional de Honorários Médicos e a Câmara Técnica Permanente da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos fizeram reuniões mensais com duração de 12 horas ininterruptas, das quais participaram dezenas de Sociedades de Especialidade. Embora esteja próxima a conclusão do trabalho, Amilcar Giron adianta que a cada início de ano a Classificação terá de ser revisada. “As entidades médicas têm consciência de que a CBHPM não está perfeita, acabada, ainda mais se levarmos em conta os constantes avanços da medicina”, pondera. “No entanto, todos os envolvidos no processo de ajuste e revisão estão satisfeitos com o que alcançamos até agora.” Fonte: AMB