Capitaneados pelas entidades de São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, os médicos do Vale do Paraíba conseguiram negociar a implantação da CBHPM com oito planos, entre eles a Unimed São José dos Campos e a Unimed de Taubaté. Em 3 de dezembro de 2003, os médicos de Taubaté decidiram paralisar os serviços prestados às operadoras que não demonstraram interesse em reavaliar a remuneração da categoria. Nos dias 11 e 21 do mesmo mês, foram seguidos, respectivamente, pelos colegas de São José dos Campos e Jacareí. No total, cerca de três mil profissionais aderiram ao movimento e permanecem, até hoje, sem tender por guias os usuários de seguradoras e de empresas de medicina de grupo. A estratégia, segundo a presidente da APM Regional de São José dos Campos, Silvana Maria Figueiredo Morandini, visa fortalecer a causa médica: “As cidades do Vale do Paraíba são muito próximas geograficamente. Se apenas os médicos de São José dos Campos se recusassem a atender, não obteríamos sucesso, porque os pacientes se deslocariam até Taubaté sem grandes queixas”. A opinião é a mesma do presidente da Associação Médica de Jacareí, João Terceiro: “O movimento tende a ser agregado, inclusive porque os médicos cooperados de Jacareí fazem parte da Unimed São José dos Campos”. O presidente da APM de Taubaté, Camillo Soubhia Jr. enfatiza que, mesmo com a paralisação, a atenção à população permanece inalterada. “Em momento algum os médicos se negam a atender um paciente. As consultas ocorrem normalmente, mas não são faturadas junto aos planos. O valor da consulta é de R$ 42,00 e os médicos fornecem recibo aos usuários, para que estes possam solicitar reembolso”, explica. Sem aceitar qualquer acordo que dispensasse o reajuste anual para a categoria e a adoção da CBHPM a curto prazo como cláusulas contratuais, as entidades procuraram facilitar a negociação amenizando, quando possível, o impacto econômico das operadoras. Por exemplo, com a Unimed São José dos Campos foi estipulada a data de 1º de fevereiro para que consultas e procedimentos médicos e cirúrgicos passassem a ser remunerados segundo a Classificação. Já os serviços auxiliares de diagnóstico e terapêutica (SADT) passam a ser baseados na CBHPM a partir de 1º de março. Em Taubaté, a Unimed ainda não fechou uma data para a implantação, mas providencia um reajuste no CH dos atuais 0,22 para 0,30. FONTE: MOBILIZAÇÃO 2
No Vale do Paraíba, a Unimed adere à CBHPM
09/03/2004 | 03:00