O coordenador da Câmara Técnica de Pneumologia do Conselho Federal de Medicina (CFM), Alcindo Cerci Neto, afirmou na quinta-feira (28), durante audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, que uma eventual regulamentação dos cigarros eletrônicos no País traria impactos nocivos à população, com o aumento no número de dependentes em nicotina e o surgimento de novas doenças.

Segundo ele, a proibição da venda desses produtos deve continuar, inclusive com a intensificação de ações mais combativas em relação ao comércio dos produtos e dispositivos, a fim de proteger as crianças e os adolescentes. “O cigarro eletrônico é uma espécie de smartphone do fumo: atrativo, bonito, sociável, associado a novas tecnologias, cores, modelos. É tudo o que os nossos adolescentes dão valor”, disse.

Na sua exposição, ele ressaltou que essas características atraem usuários cada vez mais jovens. “Quanto antes começam a fumar, maior a dependência. Vale ressaltar que esses dispositivos têm cerca de 2 mil produtos químicos. Antes, havia uma falsa premissa de usá-lo como tratamento para parar de fumar. Agora, há uma falsa premissa de que não vicia. Vicia, sim. A nicotina causa dependência. O que mais nos preocupa também são os efeitos associados ao consumo de outras substâncias misturadas, como a maconha”, afirmou.

O conselheiro do CFM destacou ainda as ações que a Autarquia vem adotando nos últimos anos. As mais recentes datam de 2023, quando criou o grupo de trabalho “Atuações e Intervenções quanto ao Tabagismo e ao Cigarro Eletrônico”, coordenado por Alcindo Cerci Neto, e que já se reuniu com representantes dos ministérios da Saúde e da Justiça para traçar estratégias para o combate ao cigarro eletrônico no País. O colegiado pretende lançar um plano em breve para diminuir o consumo da substância.

Além disso, ano passado, a Autarquia emitiu nota pública contra o uso do cigarro eletrônico, sendo que, em setembro de 2019, o CFM apoiou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a emissão de um alerta a médicos brasileiros contra uma doença pulmonar nova associada ao cigarro eletrônico que estava surgindo nos Estados Unidos. Desde então, o CFM promove campanhas nas mais diversas mídias contra o consumo do dispositivo.

Em 2014, o CFM fez outro alerta geral para o País contra o uso do cigarro eletrônico em meio ao aumento do consumo de narguilé. “Uma hora de consumo de narguile equivale ao uso de 100, 200 cigarros comuns. Ainda falavam na época que o cigarro eletrônico poderia gerar menos doenças, o que já era comprovadamente falso”, observou Neto.

Ele lembrou ainda que, em agosto de 2009, o Conselho apoiou integralmente a decisão da Anvisa de proibir o comércio e a importação do cigarro eletrônico no Brasil. “Não existe evidência científica do efeito positivo do uso. Por isso, desde então, o CFM vem adotando diversas medidas para combater o consumo dessa substância tão nociva à saúde das pessoas”, disse.

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