O Conselho Federal de Medicina (CFM) se uniu a diversas organizações brasileiras e mundiais em um apelo global por ações urgentes para prevenir Acidentes Vasculares Cerebrais, que vitimam aproximadamente 17 milhões de pessoas por ano no mundo (posicionando esta como a segunda maior causa de morte do planeta).

O chamado à ação marca o Dia Mundial do AVC, celebrado no domingo 29 de outubro, e que nesta edição destaca a importância da prevenção. De acordo com o professor Werner Hacke, presidente da World Stroke Organization, “90% dos acidentes vasculares cerebrais estão associados a apenas 10 fatores de risco, como hipertensão, obesidade, diabetes e tabagismo, sobre os quais todos podemos fazer algo” (veja o quadro abaixo).

Para o médico neurologista e conselheiro do CFM, Hideraldo Cabeça, também é importante lembrar a importância de um atendimento eficiente, que evite danos do tecido cerebral, sequelas e óbitos. “Infelizmente, os pacientes brasileiros que sobrevivem do caos de atendimento verificado no nosso País, em regra, apresentam grave sequela motora e funcional, afetando suas atividades de vida diária. A reabilitação apresenta um número ainda menor de vagas, dificultado o retorno do paciente às suas atividades habituais”, avalia.

Números – Este ano, o CFM publicou uma pesquisa que avaliou o atendimento de pacientes com AVC em todo o Brasil, segundo a percepção de neurologistas e neurocirurgiões. O estudo apontou que cerca de 76% dos hospitais não apresentam condições de atender o AVC no Brasil. Por isso, de acordo com Cabeça, o número de óbitos ainda é muito elevado no Brasil. “A reversão desses dados passa por um choque de gestão e eficácia. O problema é muito grave, e ao se afastar das grandes capitais, aumenta de forma exponencial”, diz.

A pesquisa do CFM demonstrou ainda que apenas 3% dos hospitais prestam atendimento padrão. O maior problema é de infraestrutura. Não há leito suficiente (em 85% dos hospitais) para atendimento do AVC, existe uma superlotação dos hospitais, a equipe médica trabalha sob constante pressão, assim como enfermeiros, técnicos e agentes administrativos. Não há tomógrafo em quase a metade dos hospitais. Falta vaga de UTI e falta a medicação que trata a fase aguda do AVC isquêmico (representa 80% dos AVCs), que é o trombolítico.

Campanha permanente – O CFM tem assumido papel importante de denunciar e de apontar soluções. Nesse sentido, mantém uma campanha permanente de prevenção ao AVC, por meio de um site com informações sobre a doença, validadas por especialistas do assunto. O objetivo da campanha é orientar sobre sintomas, prevenção e como agir em caso de AVC. Acesse o site em:  http://www.avc.cfm.org.br/

A autarquia destaca ainda que, no que tange o AVC, o controle dos fatores de risco evitáveis são de suma importância, tais como: controle do peso corporal, controle do diabetes e da hipertensão arterial, controle das taxas de colesterol e triglicerídeos, abandono do sedentarismo, abandono do hábito de fumar e beber.

“O CFM está em luta constante para o fortalecimento da rede básica de saúde, pois o trabalho da ponta, no bairro, proporciona benefício fundamental para que o Brasil vire esta dramática situação. A educação da população, políticas públicas de inclusão social, de saneamento básico traz impacto nas taxas de morbimortalidade das doenças cardiocirculatórias”, destaca Hideraldo Cabeça.

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