O conteúdo da publicação, de 158 páginas, será trabalhado como matéria em sala de aula, fazendo parte das atividades curriculares e servindo de base para as pesquisas e os textos que serão elaborados. O regulamento do Concurso está sendo distribuído a todas as escolas. UM POUCO SOBRE ARTHUR RAMOS Arthur Ramos sempre foi considerado um aluno brilhante, desde os tempos dos estudos primários na Escola Pública Estadual de Pilar. No curso médico, em Salvador, era elogiado pelos mestres, mostrando-se dedicado, sensível e de uma inteligência ímpar. Já no Rio de Janeiro, em 1942, Arthur Ramos passa a ser Professor de Antropologia na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade Federal do Brasil. No período, funda a Sociedade Brasileira de Antropologia e Etnologia – Primeira Faculdade de Contextos Sociais no Brasil . Em seus estudos, Arthur Ramos penetrou em áreas até então pouco exploradas que o conduziram ao primitivo, ao neurótico, a criança problema, as discriminações sociais e ao racismo. Consagrou –se como um dos antropólogos mais respeitados no país e no exterior. Foi Diretor do Departamento de Ciências Sociais da Unesco em Paris e é considerado também um dos maiores especialistas sobre a Cultura Negra na América Latina, com obras estudadas no Brasil e na Europa. Arthur Ramos em 46 anos de vida produtiva enriqueceu a Sessão de Manuscritos da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro com mais de 5.000 documentos manuscritos, todos de sua autoria. Foi considerado um constante denunciador da ideologia nazi-fascista. Esteve sempre apontando os riscos de uma política massacradora dos povos considerados de raça inferior,dedicando-se também ao estudo do índio brasileiro. Sua obra “ Introdução à Antropologia Brasileira “ , com mais de mil paginas documentadas e profundas, publicada pela Casa do Estudante do Brasil , estuda as culturas não européias, as européias e os contrastes de raça e cultura. A casa onde Arthur Ramos nasceu, é atualmente a Casa de Cultura Arthur Ramos, localizada na Av. Prof Arthur Ramos, na cidade de Pilar. O velho casarão dos Ramos, como era conhecido, permanece como antigamente.Um dos contemporâneos aponta a janela do sótão , local preferido do jovem Arthur para estudar, e diz que lá do alto ele elaborava seus trabalhos, saboreando uma das frutas preferidas ; a pitomba… Ao publicar ‘O Negro Brasileiro” em 1934, “O Negro nos Estados Unidos” em 1938 e “O Negro na civilização Brasileira”, em 1956, Arthur Ramos passa a ser considerado por intelectuais famosos como Gilberto Freire e Jorge Amado como “o maior africanista do país”. O sociólogo francês Roger Bastide afirmou que Arthur Ramos ensinou aos africanistas brasileiros o valor da objetividade científica. Arthur Ramos morreu aos 46 anos,em Paris.
NO CENTENÁRIO DE ARTHUR RAMOS, ESTUDANTES GANHAM LIVRO SOBRE VIDA E OBRA DO INTELECTUAL ALAGOANO
20/05/2003 | 03:00