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Projeto sancionado ontem pelo presidente em exercício, José Alencar, já entrou em vigor. A grávida poderá escolher quem vai acompanhá-la durante e após o parto, em qualquer hospital público BRASÍLIA – As mulheres ganharam o direito de ter um acompanhante durante o parto e o pós-parto em qualquer hospital público ou da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto foi sancionado ontem, Dia Mundial da Saúde, pelo presidente em exercício, José Alencar, e já entrou em vigor. A grávida poderá escolher o acompanhante, que vai estar presente em todo o trabalho de parto. A senadora Ideli Salvatti (PT-SC), autora do projeto, diz que a presença de um parente ou de uma pessoa de confiança facilita o trabalho de parto. “Tem um efeito psicológico fundamental: a mulher fica tranqüila, tudo flui”, afirmou a senadora. Hospitais particulares e algumas maternidades públicas já adotam a prática, chamada de humanização do parto. Entre as vantagens estão a diminuição da tensão da mulher, melhoria nas condições de amamentação, redução do risco de doenças para a criança e dos custos para a rede pública. Segundo a senadora, os hospitais terão que fazer algumas mudanças para cumprir a lei, mas isso não significará gastos extras. “Se você tiver no mínimo uma cortininha para separar uma parturiente da outra, não é tão abusiva em termos de gastos.” A prática do parto humanizado já reduz, comprovadamente, os custos hospitalares porque diminui as cesarianas, o número de anestesias, as complicações pós-parto e o tempo de internação. O hospital da Universidade Federal de Santa Catarina permite, há mais de dez anos, a presença de um acompanhante nos partos. Segundo o chefe do berçário do hospital, Carlos Pinheiro, o tempo de internação na maternidade caiu mais de 30%. Pinheiro afirmou que o hospital tem o menor índice de cesarianas de Florianópolis, mesmo prestando atendimento a gestações de alto risco. No Dia Mundial da Saúde, houve protestos em várias cidades do País. No Rio, o cartunista Ziraldo e o dançarino Carlinhos de Jesus visitaram a pediatria do Hospital Miguel Couto, no Leblon. Brasil vai produzir remédio para bebês prematuros BRASÍLIA – O Brasil se prepara para produzir e distribuir na rede pública um medicamento que pode evitar a morte de cerca de 12% dos bebês prematuros. Chamada de surfatante, a substância trata a Doença Pulmonar da Membrana Hialina, que associada à prematuridade é responsável pela maioria das mortes neonatais. A produção é pesquisada pelo Instituto Butantã, em São Paulo. Ontem, Dia Mundial da Saúde, o Ministério da Saúde anunciou o início de um ensaio clínico para validar o surfatante nacional. Por ter um custo alto, a versão importada é utilizada por uma parcela muito pequena dos prematuros. A estimativa é que 63 mil bebês no País – 30% de todos os prematuros – deveriam receber o tratamento a cada ano. O ensaio com 2 mil crianças terá a duração de 18 meses. Será coordenado pela Unidade de Pesquisa Experimental do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP. O custo é estimado em R$ 1,4 milhão. O surfatante utilizado é uma substância expelida por células alveolares pulmonares de suínos. Antiinflamatório Bextra será retirado do mercado SÃO PAULO – O antiinflamatório Bextra, produzido pela Pfizer, será retirado do mercado a partir da próxima semana no Brasil, nos Estados Unidos, Europa, Canadá e Austrália e, possivelmente, México e Argentina, após as agências reguladoras americana, FDA, e européia, Emea, solicitarem ontem a ação. Também na próxima semana a Pfizer promete divulgar como os consumidores poderão devolver o remédio e ser reembolsados. A empresa calcula que existam aproximadamente 30 mil consumidores do Bextra (valdecoxibe) no Brasil e 5 milhões no mundo. A decisão continuará a ser discutida entre a empresa e as agências reguladoras. O diretor-médico da Pfizer no Brasil, João Fittipaldi, acredita que a relação entre custo e benefício do Bextra ainda é válida. O FDA alega que o Bextra aumenta a chance de reações alérgicas, como vermelhidões, dermatites e, em ocasiões raras, a síndrome Stevens-Johnson, que pode levar à morte – no País, há pelo menos um caso relacionado ao uso do medicamento desde que ele começou a ser vendido, em 2003. O remédio aumenta de 0,5% a 4% as chances de reações alérgicas quando comparado aos demais remédios da mesma classe, os inibidores de COX-2. O órgão também cita o problema comprovado de aumento do risco cardiovascular ligado a tais antiinflamatórios. A decisão do FDA é oposta à recomendação de um painel independente do próprio órgão, que em fevereiro havia recomendado a comercialização, apesar dos perigos. De acordo com o presidente da Pfizer no Brasil, César Preti, a decisão de retirar o Bextra do mercado brasileiro foi voluntária, após conversações com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O presidente da agência, Cláudio Maierovitch, afirmou em Brasília que a decisão tem caráter preventivo. O assunto continuará sob análise. Na terça-feira, a Câmara Técnica de Medicamentos deve analisar medidas que poderão ser adotadas com outros antiinflamatórios de última geração e reavaliar a suspensão do Bextra. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com Informações do Jornal do Commercio.

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