Especialistas internacionais que começam a chegar ao Brasil para participar do Sexto Congresso Mundial de Bioética, em Brasília, poderão testemunhar o momento em que o país escreve a sua mais importante página na história da democracia e comemora o novo quadro político resultante das urnas. A hora é oportuna para esta troca de experiências entre bioeticistas estrangeiros e brasileiros, uma vez que o tema oficial, Bioética, Poder e Injustiça, fixado pela Sociedade Brasileira de Bioética (SBB), dá o tom aos debates. Brasil quer Bioética de Intervenção Em nome dos bioeticistas do Hemisfério Sul, o Brasil vai defender a proposta de uma bioética de intervenção, que privilegie as camadas mais pobres, mantidas à margem dos benefícios oferecidos pelo desenvolvimento das pesquisas em ciência e da tecnologia. O presidente deste Sexto Congresso e da Sociedade Brasileira de Bioética, Volnei Garrafa, anuncia que a SBB vai politizar as discussões. Volnei Garrafa vai chamar atenção durante o encontro para dois pontos fundamentais da pauta da bioética em discussão – a finitude dos recursos naturais e a corporalidade, ou seja, o prazer, que fica com os ricos e a dor, que resta aos excluídos. Ressalva, entretanto, que não se trata de um discurso contra a ciência e a tecnologia, “mas é responsabilidade nossa chamar a atenção para as priorizações nas linhas de investimento”. Sexto Congresso Mundial de Bioética Abertura das sessões plenárias no próximo dia 31, às 9h, no Americell Hall/Academia de Tênis de Brasília. Mais informações em www.bioethicscongress.org.br.