O Conselho Federal de Medicina empossou na noite de ontem, 13 de outubro de 2004, seus novos conselheiros titulares e suplentes, eleitos por eleição direta entre os 280 mil médicos brasileiros. A solenidade contou com a presença do ministro da Saúde, Humberto Costa, do presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Rafael Guerra, do presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, Germano de Sousa – representando as entidades médicas internacionais –, do presidente da Associação Médica Brasileira, Eleuses Vieira de Paiva, do presidente da Federação Nacional dos Médicos, Waldir Cardoso, do secretário de saúde do Distrito Federal, Arnaldo Bernardino, do presidente da Associação Brasileira de Educação Médica, Guido Correa, e ainda com mais de 600 lideranças médicas de todos os pontos do Brasil, senadores, deputados e outras autoridades. A mesa teve como anfitrião o dr. Edson de Oliveira Andrade, reconduzido à presidência do CFM por votação unânime dos novos conselheiros. Após a posse formal de todos os conselheiros titulares e suplentes, o ministro da Saúde ocupou a tribuna para saudar o novo coletivo do Conselho Federal de Medicina, que estará à frente da instituição até o ano de 2009. Humberto Costa parabenizou a todos os médicos brasileiros e destacou que o CFM é uma entidade cuja importância vai muito além de seu papel regulador da Medicina e fiscalizador da Ética: “O CFM é uma instituição que tem larga representatividade e influencia os destinos não apenas da saúde como do Brasil. Cumpre com zelo a tarefa fundamental de fazer com que o sistema de saúde de nosso País funcione de forma adequada” O ministro da Saúde fez ainda uma saudação especial ao presidente do CFM, Edson Andrade, e afirmou que o Ministério pretende manter uma relação de parceria com os médicos pela atuação decisiva que têm para garantir uma assistência de qualidade aos cidadãos. Em seu discurso, o presidente do CFM também agradeceu a todos os médicos brasileiros pela dignidade e qualidade que exercem a Medicina, apesar de todos os entraves que encontram no dia-a-dia. Destacou a importância do debate sobre a criação da Ordem dos Médicos do Brasil e ressaltou a necessidade social da aprovação do projeto de lei 25/2002, conhecido como a lei do Ato Médico: “O projeto de lei é de longe a mais avançada entre todas as legislações existentes. Essa lei é, sem dúvida, importante para os médicos, mas interessa mais ao cidadão. Infelizmente, o cidadão que procura um posto de saúde está, hoje em dia, correndo o risco de não ter a necessária clareza na qualificação do profissional que o atende. Entendemos que este cidadão tem o direito de saber quem é quem na assistência que lhe é prestada, mas infelizmente isto não está ocorrendo em muitos lugares deste País”. A luta pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos no sistema de saúde suplementar também mereceu atenção do presidente do CFM, que registrou ser esta batalha “fundamental para o resgate da qualidade da Medicina brasileira e do indivíduo que a constrói”. Ele ainda fez críticas à abertura indiscriminada de faculdades de Medicina, sem condições adequadas de oferecer uma formação de qualidade aos futuros médicos.
Ministro da Saúde marca presença na solenidade de posse do CFM
14/10/2004 | 03:00