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Conselho Federal de Medicina

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O Ministério da Saúde e as entidades médicas trabalharão juntos na elaboração de uma proposta de carreiras para médicos e outros profissionais de saúde vinculados ao SUS. Durante a solenidade de abertura do XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), na noite desta sexta-feira (28), o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou a assinatura de Portaria que institui uma Comissão Especial para elaboração de proposta de carreiras no SUS com vistas a buscar soluções para a ausência de profissionais permanentes na atenção à saúde da população brasileira. O grupo terá 90 dias para apresentar relatório com soluções.

A Comissão é uma resposta do pedido feito pelas entidades médicas nos últimos meses. Segundo Temporão, o grupo poderá também apontar soluções possíveis para a interiorização dos médicos, como a criação de uma carreira de Estado. “Queremos garantir a fixação do profissional. O Ministério busca junto às entidades médicas uma parceria no sentido do fortalecimento da qualificação no SUS”, disse o ministro.

A meta inicial do Ministério é garantir assistência em mais de 400 municípios, principalmente do Norte e Nordeste. Além dos médicos, a Comissão será formada por entidades da odontologia e de enfermagem.

Para o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), a carreira de Estado para médicos é considerada fundamental para resolver a falta de assistência em regiões distantes. “Ficamos contentes em ver que o Ministério cumpriu o acordo estabelecido com as entidades. Queremos participar em todas as comissões de formação medica. Podemos colaborar muito”, enfatizou.

Formação médica

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, também manifestou preocupação com a abertura indiscriminada das escolas de medicina: “é preciso mais qualidade”. A coordenadora de residência médica do Ministério da Educação (MEC), Jeanne Michel, defendeu a expansão das vagas de residência médica. Segundo ela, o assunto será inserido no Plano Nacional de Educação.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral, considera inaceitável o baixo número de vagas na residência. “Assistimos estudante passarem seis anos na universidade e não conseguir uma qualificação adequada. Estamos caminhando a passos firmes no sentido de oferecer uma formação completa aos médicos”, disse.

Para o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Cid Carvalhaes, o Encontro Nacional das Entidades Médicas permitirá avançar em ações concretas. “Precisamos de não só de ideias, mas ações concretas de avanço”, apontou.
 
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