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Publicação Saúde Brasil 2004 mostra que os homicídios mais que duplicaram na última década e que as agressões e os acidentes de trânsito são a segunda causa de morte dos homens O desarmamento é uma questão de saúde pública. Foi assim que reagiu a sanitarista Maria de Fátima Marinho de Souza, coordenadora da publicação Saúde Brasil 2004, lançada nacionalmente ontem, no Recife, pelo Ministério da Saúde e que faz uma síntese da saúde do brasileiro dos anos 80 até a década atual. A análise dos dados registrados nesse período pelo ministério mostra que os homicídios mais que duplicaram na última década e que as agressões e os acidentes de trânsito são a segunda causa de morte da população masculina. Pernambuco, como já mostrou estudos do IBGE e da Unesco, aparece em situação desfavorável: em 2001 teve a maior taxa do País de mortalidade por assassinatos: 58,6 por 100 mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro (50,3 por 100 mil habitantes). A publicação do Ministério da Saúde foi lançada durante o VI Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que será encerrado hoje no Centro de Convenções de Pernambuco e que reuniu nos últimos três dias cerca de cinco mil epidemiologistas e outros pesquisadores da saúde pública. “A diminuição da quantidade de armas em circulação trará impacto na saúde”, disse Maria de Fátima. O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, pernambucano Jarbas Barbosa, defendeu, após lançamento da publicação, o Estatuto do Desarmamento. “A violência é um dos grandes problemas de saúde e o desarmamento pode contribuir para mudar o cenário. Grande parte das mortes decorre de motivos banais. A ausência da arma pode evitar o assassinato ou a seqüela”, disse Barbosa. Além de diminuir a expectativa de vida da população jovem (a mais atingida), a violência incapacita e deixa outros problemas sociais. Os dados do ministério mostram que de 1980 a 2000, as agressões foram responsáveis por 584.457 mortes no Brasil. Desse total, 401.090 óbitos ocorreram entre 1990 e 2000, sendo que 72% foram produzidos por arma de fogo. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com informações do Jornal do Commercio.

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