Médicos são orientados sobre função do Diretor Clínico nos hospitais Qual a função de um diretor clínico? Quem o escolhe? Como deve ser normatizado o trabalho dele? Estas foram as principais dúvidas apresentadas pelos médicos que participaram da plenária temática realizada ontem, 26/8, no auditório do Conselho Regional de Medicina, CRM-MT, em Cuiabá. O tema “Diretores Clínicos e Regimento do Corpo Clínico” despertou o interesse da maioria dos diretores clínicos dos hospitais de Cuiabá e Várzea Grande. A participação foi maciça. Conforme conclusão da plenária, o CRM-MT deverá posicionar-se oficialmente a respeito da elaboração do regimento interno do corpo clínico. A dúvida é se esta é uma atribuição do corpo clínico ou da diretoria da instituição hospitalar. Os profissionais, em grande parte, afirmaram não ter conhecimento de que para exercer a função de diretor clínico o médico precisa ser eleito pelo corpo clínico, composto por todos os médics contratados. O Diretor Clínico do Hospital Santa Rosa I, Guilherme Malouf, que foi nomeado para a função ficou surpreso com a informação sobre a necessidade de eleição. ”Pensei que a resolução só valia para hospitais públicos, mas, vamos fazer eleição no Santa Rosa também”, afirmou Malouf. Reinaldo João, diretor técnico do Hospital Santa Rita de Várzea Grande, explicou que há dez anos cumpre a resolução 1342/92 do CFM – Conselho Federal de Medicina. Reinaldo abordou sobre a dificuldade encontrada em mobilizar os médicos.”O corpo clínico precisa entender que tem direitos e deveres também, é fortalecimento para os médicos eleger o seu diretor clínico”, ressaltou o diretor . Para Gilberto Pinto, membro do CRM-MT, a plenária cumpriu o papel de estimular a discussão. ”Esse é o momento para provocarmos uma situação e desencadearmos um processo de participação da categoria em cada local de trabalho, independente de ser público ou privado,” afirma o conselheiro. O Presidente do Conselho de Medicina, Serafim Domingues Lanzieri, adiantou que uma nova plenária sobre o tema será realizada para aprofundar a discussão. “Esta foi uma das plenárias mais interessantes devido ao número de participantes e à profundidade do tema”, finalizou Lanzieri.