Os médicos acreanos, em reunião realizada na última sexta-feira (04/03), decidiram rejeitar outra vez a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo do Estado. A reunião aconteceu para que a categoria médica discutisse qual resposta daria ao governo sobre a proposta apresentada por ele. O reajuste pretendido pela categoria era de 100% em todas as gratificações (Complexidade, Interiorização e Promoção à Saúde), no entanto, o que foi oferecido pelo governo não passou nem perto disso. De acordo com os representantes da equipe econômica da administração estadual, a verba disponível para o setor de saúde é R$ 4.803. 023, 50 e nada mais que isso. Esse valor teria que ser divido entre todos os setores, do grupo I ao IV, em três partes. Uma seria dada a partir deste mês de março e as outras duas dentro de 90 dias. O reajuste apresentado pelo governo ficou da seguinte maneira: Grupo I – 34% Grupo II – 31% Grupo III – 28% Grupo IV – 24% Os médicos estão instalados no Grupo IV. O reajustem, caso fosse aceito, representaria um acréscimo de, apenas, R$ 320,00 na Urgência e R$ 280,00 na Promoção à Saúde. Há 14 anos sem aumento de salários e há mais de dois anos lutando por tal benefício, a categoria médica está revoltada com a situação. Eles (médicos) questionam como o governo tem dinheiro para pagar um salário de R$ 11.000,00 (Onze mil reais) a um Promotor e não tem um algo mais para dar a saúde. O Dr. José Ribamar afirma que negociar reajuste salarial com o governo ao lado de outras categorias é muito complicado e difícil: “Temos que ter força para negociarmos sozinhos, mas nossa mobilização não está boa”. Na manhã de ontem (07/03) a equipe de negociação do governo recebeu os representantes dos sindicatos da saúde para uma nova reunião.
Médicos rejeitam, mais uma vez, proposta de reajuste salarial do governo Estadual
08/03/2005 | 03:00