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Para encerrar o movimento grevista iniciado em 3 de dezembro, a Previdência Social comprometeu-se a estruturar a carreira de médico perito, a conceder um reajuste salarial escalonado de 61% a 93% até o final de 2006, a realizar concurso público para preencher cerca de 3 mil vagas para médicos peritos e a estender a carga horária de trabalho de 20 para 40 horas, o que será feito mediante análise da situação funcional de cada médico perito. O governo ainda assegurou que não haverá corte do ponto pelos dias paralisados e nem represálias aos médicos terceirizados que aderiram ao movimento. A categoria, por sua vez, comprometeu-se a estender sua jornada de trabalho para atender a demanda represada dos dias de greve. Assim, em vez de 12 atendimentos diários, os médicos farão 17 perícias até que a situação se normalize. A previsão do INSS é a normalização do atendimento será feita em 180 dias. Dados da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social indicam que quase um milhão de exames deixaram de ser feitos durante os dois meses e meio de greve. Além disso, tiveram de ser prorrogados 800 mil benefícios que necessitavam de laudo, sem cumprir a exigência do exame médico. O Ministério da Previdência Social, contudo, calcula que cerca de 600 mil exames deixaram de ser realizados e que o prejuízo do Governo com a continuação do pagamento de benefícios que já deveriam ter sido suspensos pode chegar a 40 milhões de reais. De acordo com o presidente da Associação Nacional de Médicos Peritos da Previdência Social, Eduardo Almeida, existem hoje, atuando no País, 2.134 médicos peritos concursados e mais 3.800 contratados de forma terceirizada, sem concurso público. Na avaliação do presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade, “a greve dos médicos peritos foi um movimento importante para a classe médica, porque demonstrou que a coesão e a firmeza de propósitos podem conquistar muitas vitórias. Desde o início, apoiamos o movimento, pois uma de suas bandeiras era a estruturação de uma carreira de Estado para a categoria. Acreditamos que os demais profissionais médicos que servem ao Estado também devam ter a oportunidade de ter uma carreira estruturada”. No Paraná, o CRM-PR apoiou publicamente o movimento. Em nota divulgada nos jornais em 13 de janeiro, ressaltou a “legitimidade” das reivindicações dos méritos peritos, voltadas a consolidar as seguintes propostas: aprovação de plano de carreira, realização imediata de concurso público, recebimento de salário compatível com as responsabilidades de suas funções, melhoria das condições de trabalho dos médicos peritos e do atendimento prestado aos segurados e a não aceitação de terceirização da perícia médica. Durante a greve, o CFM veiculou campanha publicitária apoiando a mobilização e esclarecendo a população. O cartaz da campanha mostrava as costumeiras filas do INSS com cidadãos comuns e figuras caracterizadas como médicos com os seguintes dizeres: “Médico perito. Estamos na fila do INSS como você”. Durante o movimento, o ex-ministro Reinhold Stephanes, reconhecido como uma das maiores autoridades na área de previdência social, publicou artigo de opinião nos principais jornais do país, onde expressou solidariedade aos peritos e criticou a teimosia do governo em postergar a implantação do plano de carreira. O novo ministro da Previdência, Amir Lando, recebeu os representantes dos médicos peritos no dia 28 de janeiro e depois no dia 11 de fevereiro, quando apresentou a proposta “conciliadora”, aceita depois em assembléia sob condição de publicação de medida provisória.

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