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Médicos fizeram manifestação na Avenida Paulista As entidades médicas de São Paulo – Associação Paulista de Medicina (APM), Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) – organizaram uma manifestação na Avenida Paulista, ontem, 15/07, para explicar à população a luta dos profissionais pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Os médicos se concentraram na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), por volta das 11h, com grande cobertura da imprensa. Em seguida, se dirigiram em passeata à Avenida Paulista com faixas e cartazes. Os médicos entregaram folhetos aos pedestres e falaram das reivindicações da categoria. De volta à AMB, durante uma entrevista coletiva, o presidente da AMB, Eleuses Vieira de Paiva, enfatizou a importância da divulgação da central telefônica 0800 887 7700, criada pelos médicos para receber denúncias e reclamações dos usuários de planos de saúde. “Há pacientes desesperados com doenças crônicas por não conseguir pagar as mensalidades diante dos aumentos abusivos”, afirmou o presidente do CRM de Minas Gerais, Geraldo Guedes, representante do Conselho Federal de Medicina no ato público. “Os médicos estão prontos para atender casos como esses, sem prejuízo algum para os usuários, por isso a população tem apoiado o movimento médico em diversos Estados”, acrescentou Paiva. Desde a sua criação, em 28 de junho, o serviço 0800 já recebeu 2.739 ligações, das quais 831 foram de reclamações de pacientes contra o aumento abusivo das mensalidades dos planos de saúde. Outras queixas freqüentes foram a ameaça de perda de benefícios se o usuário não optar pela migração e o mau atendimento por parte das operadoras de planos de saúde. As seguradoras Sul América e Bradesco lideram o ranking de denúncias. A central telefônica 0800 887 7700 recebe chamadas de todo o País, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h. As lideranças médicas explicaram aos jornalistas, durante a coletiva, os benefícios da implantação da CBHPM. “Assim como as empresas de planos de saúde não atualizaram os valores dos honorários médicos nos últimos dez anos, há uma defasagem científica em relação aos procedimentos cobertos por esses planos”, disse o presidente do Cremesp, Clóvis Constantino. “Procedimentos simples, que custam menos de R$ 100, como uma biópsia por fragmentos, não são pagos pelas empresas, o que pode levar a um diagnóstico tardio de câncer”, exemplificou o presidente da AMB. Segundo o presidente do CRM de Minas, a implantação do rol de procedimentos da ANS com base na CBHPM é uma questão ética para os médicos. “Queremos reajustes, mas antes de tudo defendemos a qualidade dos serviços prestados aos pacientes”, garantiu Guedes. De acordo com o presidente da APM, José Luiz Gomes do Amaral, as operadoras têm de ser proibidas de praticar mensalidades exorbitantes. “Os médicos fazem um apelo à Agência Nacional de Saúde Suplementar para que impeça esse desrespeito aos usuários, principalmente aos da terceira idade”, afirmou. O presidente do Simesp, José Erivalder Guimarães, reafirmou o esforço da classe médica para garantir os novos procedimentos aos usuários. “Lutamos para efetivamente implantar a CBHPM, por isso não aceitamos e não aceitaremos qualquer simples aumento”, garantiu. Os médicos também aproveitaram a oportunidade para esclarecer dúvidas da imprensa quanto ao sistema de reembolso, já praticado em 17 Estados brasileiros, inclusive na Baixada Santista e no ABC paulista, e ao processo de descredenciamento coletivo dos profissionais. Nesta terça-feira (20 de julho), haverá uma nova assembléia dos médicos paulistas no Hotel Renaissance, às 20h. Se até lá as operadoras não responderem a proposta dos médicos de negociar a implantação da CBHPM, a assembléia pode deliberar por suspensão do atendimento. (Fonte: AMB)

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