No Dia Nacional de Paralisação, os médicos goianos também fizeram um protesto na porta do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado de Goiás (Ipasgo), o maior comprador de serviços de saúde goiano, que conta com 650 mil usuários. Eles protestaram contra o sucateamento da saúde suplementar no Estado.
Atualmente, médicos das especialidades de otorrinolaringologia, oncologia, cirurgia de cabeça e pescoço e cirurgia geral e do aparelho digestivo reivindicam o reajuste dos valores pagos pelo Ipasgo por consultas e procedimentos. A tabela adotada pelo Instituto é de 1992 e não inclui nem mesmo os procedimentos de videolaparoscopia inexistentes à época. Os profissionais reivindicam a adoção da tabela CBHPM 2010.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e conselheiro do Cremego, Leonardo Mariano Reis, a situação da saúde suplementar brasileira é extremamente delicada. “O médico precisa estar cada vez mais atualizado, a tecnologia evolui bastante, entretanto a remuneração está cada vez mais aviltada, principalmente no que diz respeito aos planos de saúde”, afirmou.
Secretário de Trabalho do Simego e II vice-presidente da Fenam, Eduardo Santana, acredita que há uma esperança para o movimento médico brasileiro. “Os médicos de todo o Brasil aderiram a esta mobilização, creio que eles começaram a entender que é preciso lutar por melhores condições de trabalho, e por uma remuneração justa, para dar qualidade ao atendimento aos nossos pacientes”, afiançou Santana.
Fonte: CRM-GO