Pela falta de resposta do Governo João da Costa, os médicos vinculados à Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), aprovaram em Assembleia Geral ontem (13) pela manhã, no auditório da Associação Médica, a continuidade do movimento por melhores de condições de trabalho, remuneração e segurança, com paralisação de advertência – nos dias 20 e 21 – quarta e quinta-feira da próxima semana. Durante 48 horas, a categoria vai paralisar novamente as atividades nos Postos de Saúde da Família (PSF), policlínicas e maternidades. Apenas o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e emergências funcionarão conforme decisão dos profissionais. Como foi amplamente discutido pelos médicos, a falta de decisão política está inviabiizando o processo de negociação com o Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe). De acordo com o Simepe, a Pauta de Reivindicações foi entregue desde fevereiro passado e as respostas têm sido evazivas. Os médicos voltaram a reclamar sobre a falta de medicamentos, equipamentos e condições de trabalho em toda rede municipal de saúde. Segundo o diretor do Simepe, Tadeu Calheiros, o movimento da categoria é legítimo porque mostra para a opinião pública a precariedade em que os médicos do Recife estão submetidos. “Queremos qualidade de atendimento para os nossos pacientes e seus familiares. Por isso, é necessário que sejam garantidos remédios, exames, consultas com especialistas, número suficiente de profissionais nas emergências e postos de saúde”, assinalou. Ontem à tarde, os médicos fizeram panfletagem na Unidade de Saúde José Ermírio de Morais, em Casa Forte, onde entregaram uma carta aberta à população, explicando os motivos da suspensão do atendimento. “A Prefeitura do Recife precisa cuidar não apenas das 800 mil pessoas “cobertas” pelo PSF, mas ter o respeito e compromisso com os 1 milhão e 600 mil pessoas”, enfatiza o texto do panfleto. Atualmente, os médicos diaristas do Estado recebem R$ 3.060,00 enquanto os da Prefeitura ganham R$ 1.900,00. Já os plantonistas do Estado recebem R$ 3.800,00 ( com previsão de ganhar R$ 5 mil em junho de 2010) e os da PCR ganham R$ 2.900.00. O presidente do Cremepe, André Longo, assinou o documento e afirmou que “a entidade está apoiando o movimento e considera legítima a mobilização da categoria que luta por melhores condições de trabalho, remuneração e segurança nas unidades de saúde da rede municipal”. Fonte: Cremepe
Médicos do Recife aprovam nova paralisação
14/05/2009 | 03:00