No dia 25 de março, durante assembléia que reuniu 250 médicos em São Bernardo do Campo, foi formada a Comissão Regional de Implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) do ABC. O presidente da comissão é Romildo Gerbelli, que também preside a Associação Paulista de Medicina de São Bernardo. Integram a comissão, ainda, César Stocco, presidente da APM de Santo André, José Roberto Xavier, presidente da APM de São Caetano, e os diretores de Defesa Profissional das três entidades: Luiz Carlos João, Nadjanara Torna Bueno e Antonio Claudio de Godoy, respectivamente. A comissão marcou paralisação e passeata para o dia 7 de abril e uma nova assembléia para 12 de abril. Também foi escrita uma carta aberta à população, em que os médicos explicam a luta pela adoção da CBHPM. Em 12 de março, os médicos do ABC haviam enviado cartas a 84 convênios de saúde pedindo a implantação da classificação. Entre as poucas respostas, a maioria disse não aceitar a CBHPM. A comissão vai mandar novas cartas para informá-los da paralisação e da data da nova assembléia. Carta à população A Comissão de Implantação da CBHPM do Grande ABC, formada pelas Associações Paulistas de Medicina de Santo André, São Bernardo do Campo/Diadema e São Caetano do Sul, divulgou a Carta Aberta à População (abaixo) em que explica a reivindicação pela implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) que levará os médicos do ABC paulista a suspenderem o atendimento em 7 de abril, com assembléia marcada para o dia 12. Carta Aberta à População Mais de 8 anos sem reajuste! A classe médica atravessa hoje grandes dificuldades com os planos de saúde, pelos motivos abaixo: 1) Os planos de saúde existem para intermediar o atendimento à saúde dos seus beneficiários, tendo como um dos motivos essenciais a atividade médica. 2) Nas últimas mudanças de planos econômicos dos governos até o presente todos os brasileiros tiveram perdas, mas, neste período, os planos de saúde não deixaram de fazer suas correções e sempre acima da inflação (você, usuário, é testemunha). Nada disso foi repassado proporcionalmente aos médicos. 3) Para os planos de saúde a existência do médico é fundamental. É o médico que, com dedicação e amor à profissão, procura minimizar o sofrimento dos seus semelhantes, a qualquer hora do dia ou noite. É o médico que o seu convênio está relegando a um segundo plano e que há mais de oito anos não recebe nenhum reajuste por seu trabalho. Você suportaria isso? 4) Após muitas tentativas de negociações, chegamos a uma situação insustentável, na qual só nos resta solicitar seu apoio para o nosso movimento, até porque lhe contaram que o aumento dos valores pagos aos médicos (que não aconteceu) foi também a causa do reajuste de sua mensalidade.Por isto julgamos nosso movimento justo, correto e digno como o de qualquer outro trabalhador. Informamos que só atenderemos os planos de saúde que não aceitaram as nossas reivindicações com o pagamento direto ao profissional, pelo usuário, contra recibo para reembolso junto ao plano. Comissão de Implantação da CBHPM do Grande ABC FONTE: AMB
Médicos do ABC vão parar em 7 de abril
01/04/2004 | 03:00