O 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d’Ávila, inaugurou as discussões sobre questões filosóficas da Medicina no I Fórum de Cooperativismo Médico, dia 5 de junho de 2008, discursando sobre o Código de Ética e a Medicina Baseada em Evidências. A Medicina Baseada em Evidências (MBE) significa a integração da experiência clínica individual à melhor evidência externa disponível proveniente da pesquisa clínica. Ele relacionou a MBE ao Código de Ética Médica e relembrou as obrigações morais dos médicos previstas no Código. De acordo com d’Ávila, existe um aumento crescente no volume de informações obtidas através da literatura médica: são mais de 2.000.000 de artigos científicos por ano, só na área médica. Se consideradas as publicações mais relevantes, para absorver esse volume de informações, seria necessária a leitura de 19 artigos por dia, 365 dias por ano. Por isso, é preciso uma “filtragem”, revisões sistemáticas da literatura. Para Carlos Augusto Cardim de Oliveira (Unimed), o médico tem que lidar com a pressão da indústria farmacêutica com relação ao que prescreve. A respeito da evolução científica, ele opina que há necessidade de que haja prudência ao adotar novos procedimentos, e que as escolhas devem ser as mais adequadas possíveis sempre em benefício do paciente. O presidente da Unimed Goiânia, Sizenando da Silva Campos Júnior, também falou do Código de Ética Médica no Brasil. O atual Código está em vigor desde 1988 e atualmente passa por uma série de discussões que permeiam sua revisão. Júnior disse que o novo Código de Ética Médica, que deve estar pronto em 2009, precisa contemplar as evoluções e os conceitos da Medicina Baseada em Evidências.
Médicos discutem Código de Ética e Medicina Baseada em Evidências
09/06/2008 | 03:00