Existe consenso de que o ensino de urgência e emergência na graduação em medicina precisa ser aprimorado. Profissionais também discutem o reconhecimento da especialidade e a futura criação de um programa de residência médica na área. Opiniões sobre o tema foram expostas durante as discussões da primeira manhã de atividades do II Fórum Nacional de Urgência e Emergência do Conselho Federal de Medicina (CFM), nesta quinta-feira (20), em Brasília (DF), na sede da entidade. 

Médicos que atuam na área defenderam treinamento adequado para médicos e equipes durante a apresentação de palestras sobre a condução das políticas de urgência e emergência pelo Ministério da Saúde e  sobre  o ensino na graduação e perspectivas para a residência médica. 

Capacitação – Baseada em um estudo conduzido com 66 universidades brasileiras, a presidente da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM), Jadete Lampert, falou sobre as principais dificuldades encontradas – relacionadas a preceptoria, infraestrutura, carga horária etc. – e concluiu que “de um modo geral, o ensino de urgência e emergência na graduação dos cursos de Medicina não está atendendo as diretrizes curriculares como nos gostaríamos que atendesse”. 

José Carlos Nicolau, representante da Associação Médica Brasileira (AMB) na Comissão Nacional de Residência Médica/MEC, concordou com esse diagnóstico que aponta as dificuldades encontradas na graduação e no treinamento para tornar o profissional resolutivo. Ele apresentou ideias para a implementação de um programa de residência – a residência na área ainda não é reconhecida no Brasil. 

Medidas do MS – O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (MS), Milton Arruda, defendeu a residência médica como instrumento de fixação do médico no interior. Ele também apontou as especialidades médicas menos acessíveis para contratação (como radiologia, psiquiatra, pediatria, neurologia, neurocirurgia, entre outras) e citou, como uma das múltiplas estratégias  que devem ser adotadas, o programa Pró-Residência, do MS e Ministério da Educação (MEC). Este programa oferece bolsas em regiões e especialidades prioritárias. Segundo ele, essas estratégias devem incluir intervenções educacionais e regulatórias, incentivos diretos e indiretos e suporte social e profissional. “A residência médica tem sido uma estratégia importante para a formação de especialistas e redistribuição de profissionais”, aponta. 

Arruda anunciou ainda que o MEC vai lançar uma portaria com bolsa para preceptores , para que eles tenham reconhecimento pela sua atuação profissional. Ele também defendeu que os que atuam com preceptoria tenham favorecimento para progressão na carreira.

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Acompanhe aqui a programação do evento (PDF).

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