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Os médicos de planos de saúde que atuam no Estado vão suspender nesta quarta (21) agendas de consultório e outros procedimentos não urgentes para aderir ao Dia de Paralisação Nacional da categoria em todo o País. No Estado, ocorrerá um ato público às 10h, em frente ao Museu de História da Medicina (MUHM), que ocupa o prédio da Beneficência Portuguesa, no Centro Histórico.

As principais entidades médicas gaúchas (Sindicato Médico do RS – SIMERS, Conselho Regional de Medicina – Cremers, e Associação Médica do RS – Amrigs) recomendam que os profissionais orientem pacientes e ressaltem que a luta pelo aumento na remuneração é uma forma de valorizar e reconhecer a importância dos profissionais, o que favorecerá os usuários. Na última sexta, a Federação dos Hospitais e Clínicas do Estado (Fehosul) declarou apoio ao movimento médico. O setor também sofre com repasses que não acompanham a escalada de ganhos das operadoras.

Em assembleia geral, em Porto Alegre, na noite de quarta (14), a categoria médica decidiu aderir à paralisação nacional do setor. Além da elevação dos valores, o setor quer reajuste anual, previsto em normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e até hoje sem implementação, e autonomia do ato médico, acabando com restrições a pedidos de exames e prodcedimentos. A prática é comum e é usada para reduzir custos, mesmo que prejudique os pacientes. 

A plenária estadual aprovou R$ 80,00 como valor mínimo da consulta a ser negociado com as operadoras. Propostas de reajuste enviadas à CEHM-RS pela Golden Cross e Unidas (que reúne 28 planos, entre eles Cassi e Geap) foram recusadas pela plenária por ficarem abaixo de R$ 80,00. Com relação ao reajuste, os médicos lembram que as empresas atualizam anualmente seus preços – em 2011, o aumento autorizado pela ANS foi de 6,7%, índice que embute custos de honorários médicos. Mas não há repasse da fatia do aumento que se refere ao trabalho dos profissionais. No Brasil, são 46,6 milhões de usuários de planos privados, sendo 2,5 milhões no RS. 
 
Tentativas de negociar a elevação dos honorários foram feitas pela Comissão Estadual de Honorários Médicos do RS (CEHMRS), mas muitas empresas, como Bradesco, Centro Clínico Gaúcho, Doctor Clin e Pró-Salute, não apresentaram propostas de novos valores. A Comissão Estadual de Honorários Médicos do RS (CEHMRS), formada por SIMERS, Amrigs e Cremers, lidera a negociação.

UNIMEDs – A assembleia aprovou ainda a abertura de negociações com as Unimeds gaúchas para aumento dos honorários. Um documento da CEHMRS será remetido para as direções de cada cooperativa solicitando o começo das tratativas. Por isso, a rede cooperada não será alvo da mobilização do dia 21.

A categoria promete forte mobilização. “Os médicos não aguentam mais tanta desvalorização quando têm papel decisivo no cuidado dos pacientes”, ressaltou a vice-presidente do SIMERS, Maria Rita de Assis Brasil. O diretor do Sindicato e representante na comissão, Jorge Eltz, adianta que o protesto servirá para alertar a população de que, sem uma justa remuneração, cada vez mais profissionais deixarão de atender os planos.

Eltz salienta que é preciso interromper a lógica atual de grande quantidade de atendimentos, com valores irrisórios, e restrições a pedidos de exames e procedimentos. “O médico quer condições para prestar a assistência, que pressupõe tempo e respeito às decisões de tratamento”, ampliou o dirigente.    

 

Fonte: SIMERS

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