Os médicos de Pernambuco, reunidos ontem, decidiram não aderir à paralisação nacional da categoria marcada para a próxima segunda-feira, dia 15. O movimento terá o objetivo de pressionar as empresas de planos de saúde a reajustarem os honorários dos profissionais credenciados. De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, André Longo, a comissão de honorários – composta por representantes de diversas categorias médicas – decidiu manter o atendimento normal aos usuários por já existir um calendário de atuação preparado anteriormente. Longo explica que a idéia continua ser a de que, a partir de abril, algumas especialidades atendam os usuários dos planos somente por reembolso. Ou seja, os pacientes terão que pagar pelo atendimento e, depois, solicitar o reembolso por parte das operadoras. No entanto, as especialidades ou tratamentos que vão aderir ao movimento ainda não foram definidos pelos médicos que articulam essa proposta. “Não iremos aderir ao protesto nacional porque já fechamos um outro calendário de medidas que não prevê nenhuma paralisação e nem atividades no mês de março”, explicou. Ele informou ainda que o Sindicato continua aguardando a intervenção no plano Admed que está sob a ameaça de não ter seus usuários atendidos, também a partir de abril. A presidente da Associação dos Usuários dos Planos de Saúde (Aduseps), René Patriota, condenou ontem a aprovação da medida provisória (MP) que regulamenta o processo de migração dos usuários dos planos antigos para os novos. Segundo ela, a MP atende aos interesses das operadoras e prejudica a população. “Depois da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Planos de Saúde, pensamos que os parlamentares iriam apoiar os usuários. Mas a aprovação da Medida mostra que eles continuam apoiando as operadoras”, comenta René. Ela cita, por exemplo, que um dos pontos negativos para os usuários foi a redução do prazo para a mudança da faixa etária que, antes, era de 10 em 10 anos. Agora, essa troca acontecerá a cada cinco anos. Para a presidente da Associação, as operadoras irão sempre solicitar o teto de reajuste permitido pela MP que é de 25%. “Se elas podem pedir 25%, por que iriam solicitar um percentual menor?”, questiona. Por esse motivo, a Aduseps prefere recomendar que os usuários de planos antigos – contratados antes de 99 – não façam a migração e continuem procurando seus direitos na Justiça. Ela explica que apesar de, em nível nacional, muitos juízes atenderem às reivindicações das operadoras por causa das especificações dos contratos, localmente, mais de 99% dos processos foram ganhos pelos usuários. “Esses juízes estão analisando os processos sob a ótica do Código de Defesa do Consumidor, e não dos contratos”, conta. Da Assessoria de Imprensa do Cremepe. Com informações do Jornal do Commercio.

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