
Segundo o presidente da Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM-PE), Mário Fernando Lins, a paralisação nacional foi estrategicamente marcada para hoje, data em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, com o objetivo de alertar às operadoras dos planos de saúde e à população sobre os baixos honorários médicos praticados, o que poderá ocasionar um movimento de descredenciamento em massa.
O presidente do Simepe, Silvio Rodrigues, defende a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) para nortear os valores dos honorários. Já o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), André Longo, criticou a atuação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que em sua opinião, tem sido omissa em regulamentar de forma adequada os contratos entre os médicos e as operadoras. “Há uma grande insatisfação da categoria com a ANS”, comentou.
A presidente da Associação Médica de Pernambuco (AMPE), Jane Lemos, confirmou ser favorável à mobilização, destacando que os movimentos da categoria buscam valorizar a importância para o trabalho médico e para a população.
Além dos representantes dos médicos, parlamentares também compareceram ao café da manhã, manifestando apoio ao movimento. A médica e vereadora, Vera Lopes (PPS), garantiu que levará a discussão para a Comissão de Saúde da Câmara Municipal do Recife, da qual faz parte. O médico e deputado, Raimundo Peixoto (PSB), mostrou-se favorável à mobilização nacional. Na ocasião, também estiveram presentes o deputado Odacir Amorim (PSB e o vereador Jaderval de Lima (PTN).
Entrevista coletiva – Após o café da manhã, os representantes das entidades médicas concederam entrevista coletiva à imprensa local. Nos últimos dias, a Paralisação Nacional dos Médicos de Planos de Saúde foi notícia na Mídia. Os jornais, as rádios e televisões acompanharam o fato e fizeram grande cobertura de todo o movimento, ampliando o debate junto à opinião pública.
Flash Mob – Entretanto, o auge do movimento no Estado se deu com uma mobilização relâmpago (flash mob), às 13h, na praça de alimentação do empresarial Thomas Edison, na Ilha do Leite/Recife. Um grupo de médicos elaborou um ato inusitado. Em meio há várias pessoas que almoçavam no local, os profissionais ao serem provocados pelo som de um apito, vestiram instantaneamente o jaleco e ficaram de braços cruzados por mais de um minuto. Nesse momento, as pessoas que estavam presentes ficaram curiosas com a ação, mas logo entenderam que o ato fazia parte do protesto dos médicos nesse dia.
Balanço – A comissão organizadora do movimento em Pernambuco fará um balanço da adesão dos médicos à mobilização, de acordo com as especialidades. Na opinião da diretora do Simepe, Malu David, os números devem ser bem expressivos, tendo em vista a quantidades de consultórios e clínicas fechados durante o dia. “O próximo passo é convocar uma assembleia geral para discutir os desdobramentos do movimento”, finalizou.
Fonte: Simepe