Os médicos do Distrito Federal, reunidos em assembléia geral no dia 22 de junho, no Conselho Federal de Medicina, decidiram entrar até o final da próxima semana com uma ação cível pública contra a Sul América. Os médicos aprovaram também uma moção repudiando a Unimed-DF por ter celebrado acordo com a Sul América traindo o movimento “Alerta Médico”. Os profissionais do Distrito Federal sentem-se prejudicados no acordo entre a Sul América e a Unimed. O contrato entre as duas prestadoras de serviço na área de saúde, além de representar um atraso para a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), traz valores irrisórios para o pagamento de consultas médicas. “É o momento de resgatarmos nossos direitos. A ação cível pública representa o nosso posicionamento sobre esse acordo”, explica José Carlos de Almeida, um dos coordenadores da implantação da CBHPM. Os médicos reconheceram a importância de fortalecer o espírito de união e não aceitar propostas contrárias aos objetivos do “Alerta Médico”. Todos os contratos que fogem às exigências do movimento estão sujeitos a denúncias ou descredenciamento. “A denúncia de contratos é o símbolo de engajamento do médico no movimento”, reforça José Carlos. As constantes tentativas de negociação com os planos de saúde também foram discutidas na assembléia. Os avanços não estão ocorrendo por puro desinteresse das prestadoras de serviço de saúde. O Ministério Público, que vem sendo figura de destaque na intermediação, agendou semana passada uma reunião com o Bradesco, mas a audiência não foi realizada porque os representantes da seguradora não compareceram. Durante a assembléia, ficou decidido que nenhum outro plano será incluído no movimento até que o processo de cancelamento com os planos de saúde já anunciados em assembléias anteriores seja consolidado. O envolvimento de parlamentares na causa de implantação da CBHPM é outra vitória do “Alerta Médico”. A deputada Maria José da Conceição Maninha (PT-DF) distribuiu carta de manifestação de apoio ao movimento na última reunião dos médicos e o próprio vice-presidente da Câmara dos Deputados, Inocêncio de Oliveira (PFL-PE), apresentou projeto de implantação da Classificação. Há apoio também de deputados distritais como Arlete Sampaio (PT-DF). Estados como Piauí, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Pernambuco já aprovaram projeto de lei para a implantação da CBHPM. Fonte: Assessoria de Imprensa do Movimento “Alerta Médico” 29/06/2004