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Cerca de 70% dos médicos do Estado do Rio de Janeiro aderiram hoje à paralisação nacional dos médicos conveniados aos planos de saúde. Ao meio dia, cerca de 200 médicos vestidos com jalecos brancos participaram de uma manifestação, organizada pelo Cremerj e pelas sociedades de especialidade, no Centro da cidade. Os médicos protestam contra atitudes antiéticas das operadoras, reivindicam melhor remuneração para consultas e procedimentos e cobram o reajuste anual dos honorários médicos.
 
“Todos os anos, os pacientes pagam reajustes às operadoras, mas estes valores não são repassados aos médicos. Segundo pesquisa divulgada recentemente pelo Datafolha, 80% dos clientes de planos de saúde estão satisfeitos com o serviço prestado pelos médicos. Por que a saúde suplementar não reconhece este fato e garante boa remuneração aos médicos?”, critica a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo.
 
Mais de 160 mil médicos em todo o país suspenderam hoje o atendimento aos usuários dos planos de saúde. O protesto previa a não realização de consultas e outros procedimentos eletivos durante 24 horas. Pacientes previamente agendados foram remarcados e os casos de urgência e emergência, tratados.
 
Segundo Márcia Rosa, as operadoras de planos de saúde exigem que o médico seja contratado como pessoa jurídica para liberar o credenciamento em suas redes, outros exigem que seja por RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo). “Vamos denunciar estes abusos ao Ministério Público do Trabalho. Afinal, esta forma de pagamento com RPA pode ser considerada uma irregularidade”, explica.
 
A presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (SGORJ), Vera Fonseca, afirma que a obstetrícia é uma especialidade desvalorizada pelos planos de saúde. “Vamos exigir que os planos de saúde remunerem todo o trabalho de parto, seja normal ou cesariana, da melhor forma possível”, afirma.
 
Para a presidente do Cremerj, a Agência Nacional de Saúde suplementar (ANS) precisa assumir também seu papel de regulação entre empresas e médicos. “A defasagem nos honorários, as restrições de atendimento, os descredenciamentos unilaterais, os “pacotes” com valores prefixados e a baixa remuneração desvalorizam o ato médico. Os médicos do Estado do Rio de Janeiro exigem reajuste anual, implantação da CBHPM e contratos que os garantam na lei.”, ressaltou Márcia Rosa.
 
 
Fonte: Cremerj
 
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