Reunidos em assembléia nesta segunda-feira (13/06) pela segunda vez no ano, os médicos da Bahia sinalizaram a suspensão do atendimento à operadora Norclínicas. De acordo com o coordenador da Comissão Estadual de Honorários Médicos, José Carlos Raimundo Brito, algumas empresas de medicina de grupo têm promovido apenas reajustes no valor das consultas e no CH. “Não abriremos mão da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM)”, garante o coordenador, ao informar que outras operadoras também poderão ter o atendimento suspenso caso as negociações não evoluam até 11 de julho, data da próxima assembléia geral. A Hapvida, que paga R$ 33,60 pela consulta, está prestes a firmar acordo com a Comissão Estadual. Ainda segundo Brito, a Unimed Salvador se comprometeu a implantar a codificação da CBHPM em 1º de julho. Deve ser agendada em breve uma assembléia dos cooperados para definir como serão adotados os valores da Classificação. A cooperativa é obrigada por liminar judicial a praticar a CBHPM sem redutores na relação com os urologistas baianos. Estes especialistas também conseguiram, por meio da regional da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU-Bahia), liminar que obriga Bradesco e Sul América a remunerá-los pela CBHPM plena. Outras especialidades que se mantêm mobilizadas contra as seguradoras são a Hemodinâmica, que atende aos usuários do Bradesco pelo sistema de reembolso, e as Cirurgias Torácica e Cardiovascular, que se descredenciaram de todos os planos de saúde. “A vertente jurídica é importante e está sendo trabalhada intensamente pela Comissão Estadual, porém, não podemos prescindir da mobilização da classe médica e das negociações com as empresas”, avalia Brito. O grupo Unidas já implantou a CBHPM. Estão sendo constituídas câmaras técnicas para propor medidas de redução de custos às operadoras. Fonte: AMB