O médico paraense Waldir Cardoso foi eleito ontem, por unanimidade, em Caldas Novas (GO), para a presidência da Federação Nacional dos Médicos (Fenam)/Central Médica Brasileira. A nova entidade foi criada para unificar as entidades sindicais médicas de todo o país. Ao todo 148 representantes sindicais bateram o martelo em torno da escolha do nome de Cardoso, que até então dirigia a Confederação Médica Brasileira (CMB) uma das entidades extintas com a criação da Fenam/Central Médica Brasileira. “CMB e a Federação Nacional dos Médicos (FNM) deixam de existir para dar lugar a uma entidade única e que tem apoio de todos os 50 sindicatos médicos do País”, explica Cardoso. Da totalidade dos sindicatos 27 estavam filiados à Confederação Médica Brasileira e o restante com a Federação Nacional dos Médicos. Essa divisão, segundo Cardoso, enfraquecia a categoria. Entre os benefícios que virão junto com a reunificação das entidades médicas estão a garantia de representatividade dos médicos por ocasião da reforma sindical (que deve ser colocada em prática ainda no governo Lula) e a implementação do Plano de Carreira dos Médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). Outra bandeira de luta das entidades médicas que ganha força com a unificação das entidades médicas é a implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Desde que foi criada em setembro do ano passado, os médicos iniciaram um verdadeira queda-de-braço com as operadoras dos planos de saúde para garantir a reposição das perdas dos atuais valores pagos pelas consultas e demais 3,5 mil procedimentos médicos. No Pará 15 operadoras já fecharam acordo com os médicos. FONTE: O Liberal