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O médico e escritor Moacyr Scliar foi sepultado nesta segunda-feira (28 de fevereiro), no Cemitério União Israelita Porto Alegrense. Scliar morreu na madrugada de domingo, aos 73 anos, em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele estava internado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre desde meados de janeiro, vítima de um AVC (acidente vascular cerebral).

Nota divulgada pela família destacou a personalidade do médico na convivência familiar: “Em família, Scliar foi um homem generoso, apaixonado e de uma dedicação ímpar. Todos aprendemos com ele a cultivar nossos sonhos com admiração e peito aberto, pois eles são a matéria-prima da vida”. Como literato, foi definido “dono de uma mente brilhante e criativa”.

A presidente Dilma Rousseff também divulgou uma nota de pesar pela morte do médico, ressaltando que ele foi “um dos mais respeitados escritores do nosso país”. Ela lembra que, “ganhador do prêmio Jabuti por três vezes, Scliar foi um ícone da literatura gaúcha, brasileira e latino-americana”.

O Presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, declarou: “Foi um acadêmico múltiplo, atuava na ABL, com a ABL, pela ABL.  Trabalhador incansável da cultura, Moacyr produziu uma obra respeitável e de grande poder de comunicação com o leitor.  Ser humano agradabilíssimo, ele vai nos fazer muita falta e deixa enorme saudade”. Moacyr era o sétimo ocupante da Cadeira número 31 da ABL, eleito em 31 de julho de 2003.

A trajetória de Scliar como médico sanitarista foi lembrada pelo conselheiro federal representante do Rio Grande do Sul no CFM, Cláudio Franzen: “Além de escritor renomado e membro da ABL, ele foi um médico sanitarista com uma extensa folha de serviços prestados à Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul”, disse.

Franzen lembrou ainda a presença de Moacyr Scliar em eventos promovidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), como o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina de 2010, que aconteceu de 3 a 5 de março daquele ano em Florianópolis (SC).

Biografia – Autor de mais de 70 livros, entre romances, contos, crônicas e ensaios, Scliar recebeu três vezes o Prêmio Jabuti, a mais tradicional distinção literária do país: em 2009, pelo romance “Manual da paixão solitária” (eleito melhor romance e melhor livro de ficção daquele ano); em 1993, pelo romance “Sonhos tropicais”; e em 1988, pelo volume de contos “O olho enigmático”. Pelos contos de “A orelha de Van Gogh”, ganhou o prestigioso prêmio Casa de Las Américas em 1989. Também recebeu o Prêmio José Lins do Rego, da Academia Brasileira de Letras, pelo romance “A Majestade do Xingu”, em 1998, entre outras honrarias

Moacyr Scliar deixa esposa, Judith, e um filho, Roberto.

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