Crise na assistência no SUS prejudica a população
Em busca de soluções, o Estado deverá receber visita de comissão composta por entidades médicas nacionais e parlamentares
Mato Grosso é considerado o celeiro do Brasil, pois é o maior produtor de soja do mundo, tem a maior colheita de algodão do país e um dos maiores rebanhos bovinos brasileiros. Entretanto, este mesmo estado rico e abundante, oferta a seus cidadãos um sistema de saúde pública precário, superlotado, mal gerido e sem infraestrutura mínima de atendimento, tanto na capital, Cuiabá, como em municípios do interior. A avaliação é do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT).
 
A presidente da entidade, Dalva Alves das Neves, questiona quais medidas ainda faltam ser tomadas para resolver este quadro. “Já fiscalizamos, já denunciamos, já protestamos e nada foi feito pelos gestores. O Pronto Socorro de Várzea Grande, município vizinho à capital, está eticamente interditado desde outubro do ano passado e nada mudou. O de Cuiabá é um depósito de seres humanos”, afirmou.
 
Os problemas já resultaram até em denúncias internacionais. Representantes das entidades médicas e sociais de Mato Grosso prepararam uma carta de denúncia e apresentaram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. “O atendimento feito aos cidadãos mato-grossenses nos estabelecimentos públicos de saúde são desumanos e o órgão internacional deve tomar conhecimento do que se passa por aqui”, afirmou Dalva Alves das Neves.
Médicos sofrem – Preocupada com as consequências do descaso para a sociedade, especialmente, Dalva ainda argumenta que neste momento médicos sofrem as consequências do sistema ineficiente quanto seus pacientes. “O médico também é vítima da negligência dos gestores, da falta de estrutura e da escassez de recursos humanos”, relata.
”O único Pronto Socorro da capital foi construído em 1980, com 250 leitos. Na época, a população de Cuiabá e região era de 250 mil habitantes. Hoje, esse mesmo Pronto Socorro é a tábua de salvação para quase todo o estado, que já soma perto de um milhão de habitantes,  alerta a presidente do Conselho. Segundo seus cálculos, Mato Grosso tem uma defasagem de quase mil leitos.
 
Responsabilidade do Estado – O promotor de Defesa da Cidadania, Alexandre Guedes, pontuou que a saúde em Mato Grosso possui três grandes problemas: estrutura, superlotação e gestão. “O maior responsável por essa crise é o Estado, que não oferece suporte nos municípios do interior e sobrecarrega a capita”, argumentou.
 
Em sua avaliação, mesmo com o Hospital Metropolitano em pleno funcionamento, o quadro não mudará muito, pois a demanda continuará muito maior que a oferta. Ele ressaltou ainda que o monitoramento da situação permanecerá sendo feito por meio de ações do Ministério Público com base nos relatórios de fiscalizações realizadas pelo CRM-MT.
 
Inexistência de estrutura – Durante visita à Cuiabá, em maio, o integrante da Comissão Pró-SUS do Conselho Federal de Medicina (CFM) e diretor da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Marcio Bicharra, conheceu de perto a situação no estado. “A função de um PS é fazer o primeiro atendimento de urgência e emergência. Em seguida os pacientes devem ser encaminhados aos hospitais de retaguarda para dar continuidade. Porém essas estruturas não existem em Mato Grosso”, lembrou.
 
Bichara antecipou ainda que em breve a Comissão se reunirá com um grupo de parlamentares para visitar diversos municípios do Brasil e avaliar as condições dos estabelecimentos de saúde. Cuiabá deve estar entre os primeiros locais a serem visitados.
 
 
Fonte: Assessoria de Imprensa do CRM-MT
 
 
 
 
 
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