Outra unidade de saúde que vem sofrendo com a grave crise na Paraíba é a Maternidade Cândida Vargas, também em João Pessoa. Referência no Estado, ela vem recebendo pacientes de diversos municípios do interior devido à precarização dos serviços de saúde nas diferentes localidades. Fiscalizada recentemente pelo CRM-PB e pelo Ministério Público Estadual, foram constatados na unidade situações preocupantes, como superlotação, medicamentos vencidos e estrutura física fragilizada.
As unidades do Programa Saúde da Família de todo o Estado também não vem cumprindo seu papel, o que contribui para o aumento do número de pacientes nos hospitais. Em alguns PSFs, por exemplo, não há sequer água para beber. O Departamento de Fiscalização do CRM já encontrou diversos outros problemas nessas unidades, como falha no sistema de esterilização, falta de acessibilidade, ausência de alvará da Vigilância Sanitária, inexistência de equipamentos mínimos e de profissionais.
“Temos uma grande dificuldade em manter um diálogo com o Poder Público, tanto estadual, quanto municipal. Entendemos que podemos contribuir para a solução dos problemas e melhorar a saúde da Paraíba”, completa Roberto Magliano. Ele acrescenta que desde 3 de maio, o CRM-PB protocolou pedido de audiência com o Governador do Estado, Ricardo Coutinho, mas não obteve qualquer resposta.