O número de pessoas que fizeram transplante de órgãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aumentou consideravelmente em 2004. Até outubro já tinham sido realizadas cerca de 9.053 cirurgias, mas os acreanos ainda encontram muitas dificuldades para ser beneficiados. Estima-se que mais de 20 acreanos foram beneficiados com o transplante de órgãos. Mas, de acordo com o gerente do serviço de Tratamento Fora Domicílio (TFD), Jarle Alves, a fila de espera dos acreanos é muito grande devido às condições adversas, como a distância para os hospitais habilitados para fazer a cirurgia. “O nosso principal problema é que os órgãos que estão disponíveis para doação, na maioria das vezes não ficam muito tempo esperando o paciente. Por isso, estamos sempre ficando para trás”, disse ele. Segundo um levantamento, pelo menos 50 pacientes acreanos estão na fila de espera para fazer um transplante. Os casos mais comuns são de fígado, rins e medula óssea. Jarle Alves revelou que algumas pessoas chegam a ir morar em outros Estados para esperar a oportunidade de fazer o transplante. “As dificuldades são muitas, principalmente porque o número de doadores é pequeno e ainda temos a distância. Quando o problema é grave, algumas pessoas se deslocam para o sul do País em busca de uma doação”, comentou Alves. Mas ele revelou que a expectativa é que a partir do próximo ano a situação seja diferente, já que o Estado está se habilitando para ser uma central de transplante. Hoje, a maioria dos pacientes é encaminhada para os hospitais depois que realizam uma série de exames para evitar que fiquem esperando o tratamento muito tempo. “Com a implantação dessa central, com certeza vamos beneficiar um número muito grande de pacientes. Já evoluímos muito, mas a proposta do governo do Estado é oferecer sempre melhores condições para os acreanos”, ressaltou Jarle Alves. Fonte: Jorna A TRIBUNA , edição de 19 e 20 de dezembro de 2004