Boicote tem nova adesão Sessenta e sete urologistas do Distrito Federal deixam de atender clientes da SulAmérica. Outras empresas poderão ser afetadas Luís Osvaldo Grossmann Da equipe do Correio O movimento de médicos por aumento de honorários pagos pelos planos de saúde ganhou novas adesões. Assim como os profissionais de cirurgia cardíaca e vascular, proctologia e otorrino, os urologistas decidiram apoiar o boicote a algumas operadoras e suspenderam o atendimento pela SulAmérica Saúde. Por enquanto, o protesto reúne os 67 urologistas filiados à associação da especialidade. Mas os médicos acreditam que todos os 93 urologistas do Distrito Federal acabarão aderindo. Além disso, em uma reunião com representantes das especialidades que já suspenderam convênios, pediatras e ortopedistas anunciaram que também deixarão de atender a clientes de alguns planos de saúde dentro de 30 dias. ”Entendemos a função social da saúde complementar, mas ela não pode ser feita às custas dos médicos, mas das operadoras”, afirma Dennis Alexander Burnes, diretor da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal. O boicote dos pediatras será nos atendimentos de emergência dos hospitais particulares, especialmente no Santa Lúcia, Prontonorte, Santa Luzia e Anchieta. Também podem parar os pediatras dos hospitais Brasília e Santa Helena. Próximos alvos Por enquanto, os maiores atingidos pelo movimento de protesto são os 45 mil usuários da SulAmérica Saúde no DF – embora os médicos que participam do boicote pretendam estender o protesto às empresas Bradesco Saúde, Amil, Blue Life, Smile, Medial, Geap-Fundação de Seguridade Social e Golden Cross. A direção da SulAmérica entende que a empresa foi a principal escolhida por ser uma das maiores do ramo no país e, assim, dar visibilidade ao protesto. Para o usuário do plano, esse protesto é sentido no bolso. Além de pagar a mensalidade do convênio, os clientes estão sendo cobrados na hora da consulta ou mesmo de uma cirurgia. Os médicos explicam como e porque do boicote, mas cobram os valores que estão exigindo das operadoras e entregam notas fiscais aos usuários. Com as notas, esses clientes tentam a devolução do que pagaram com as operadoras. Mas, em geral, o ressarcimento é feito apenas do valor que a empresa pagaria ao médico – ou seja, os usuários estão perdendo a diferença. O boicote aos planos de saúde tem o objetivo de pressionar as operadoras a reajustarem os valores de honorários médicos – o valor recebido por consultas e procedimentos, como exames e cirurgias. Hoje, em média, esse valor é de R$ 24 por consulta. Há um impasse entre médicos e empresas, pois os profissionais querem que o valor passe para R$ 42, o que representa um reajuste de aproximadamente 80%. A SulAmérica, operadora mais atingida até agora, oferece R$ 31. FONTE: Correio Braziliense Leia a matéria completa no jornal Correio Braziliense, acessando o Clipping Saúde, em nossa página.
Luta pela CBHPM: urologistas do Distrito Federal deixam de atender clientes da SulAmérica
14/01/2004 | 02:00