Depois de realizar debates em Brasília, São Paulo e Fortaleza sobre o PLS 25/2002, a Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico leva a discussão, agora, para Belém. Na próxima segunda-feira (22/03), os membros da Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico discutem o projeto de lei que regulará a profissão médica com os médicos paraenses, durante o XII Congresso Médico Amazônico, que acontece no Centro de Convenções da capital. De acordo com o coordenador da Comissão, conselheiro Mauro Brandão, “o principal objetivo destas reuniões é aumentar a participação das entidades médicas – Conselhos Regionais de Medicina, Associações Médicas Estaduais e sindicatos médicos – e dos próprios médicos na luta em defesa do ato médico em seus estados”. Pesquisa estudantes de medicina Será também durante o debate que acontece em Belém a primeira vez que a Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico apresentará os resultados da pesquisa realizada em outubro de 2003, pelo Conselho Federal de Medicina, para conhecer o posicionamento dos estudantes de medicina em relação ao projeto de lei do ato médico. A pesquisa ouviu 1.337 estudantes do segundo e do quinto ano de medicina, de estabelecimentos de ensino superior privados e públicos, de todas as regiões brasileiras. Foram selecionadas duas unidades de ensino em cada região. Na região norte, 235 estudantes de medicina responderam ao questionário; no nordeste, 365; no centro – oeste, 240; 205 no sudeste e 292 estudantes na região sul. Como resultado final, as atitudes dos estudantes de medicina frente ao ato médico mostraram-se, predominantemente, positivas (91%). São os estudantes de medicina do quinto ano, ligados a escolas médicas públicas, que apresentam as atitudes mais favoráveis ao projeto de lei do ato médico . “Era necessário conhecer exatamente em que medida as atitudes dos estudantes de medicina seriam favoráveis ou desfavoráveis em relação ao projeto de lei do ato médico. Esta informação era fundamental para saber se os esforços empreendidos pela Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico, visando a aprovação do projeto de lei que regulamenta a profissão médica estavam surtindo efeito” afirma o coordenador da Comissão,Mauro Brandão. Para o conselheiro Alceu Pimentel, um dos coordenadores da pesquisa que também integra a Comissão Nacional em Defesa do Ato Médico, “a pesquisa revelou dados importantes. O principal deles é desmistificar a fábula de que os estudantes de medicina seriam contrários ao projeto de lei do ato médico. Em várias ocasiões, a última delas na Conferência Nacional de Saúde, alguns dirigentes estudantis se pronunciaram ferozmente, contra o projeto de lei que regulamenta a profissão. Analisando o resultado final do material coletado, fica a certeza que este não é o pensamento dos estudantes de medicina no Brasil”.
Lei do ato médico será discutida,hoje,em Belém
22/03/2004 | 03:00