A Associação Pernambucana de Medicina e Odontologia Legal (Apemol) e o Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) estarão reunidos hoje, às 18h, com o secretário de Defesa Social, João Braga, para discutir as precárias condições de trabalho dos médicos legistas de Caruaru, Agreste do Estado, a 130 quilômetros do Recife. Dentre as reivindicações estão a falta de segurança, higiene e alojamentos para funcionários, além do fácil acesso de pessoas estranhas à seção de tanatoscopia. O necrotério se encontra nas dependências do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru. Outro problema apresentado pela categoria é o fato do Instituto de Medicina Legal (IML) funcionar junto a uma delegacia, distante 7,5 quilômetros do Hospital. “O IML atrelado à delegacia pode causar constrangimentos tanto da parte dos policiais quanto dos médicos”, explica o presidente da Apemol, Railton Bezerra. Além disso, a prática contraria a lei do Conselho Federal de Medicina que proíbe legistas de realizarem perícias de corpo delito nas dependências policiais. De acordo com Railton, este é um quadro que permanece estático há dois anos, e, caso a secretaria não tome as medidas necessárias, os médicos legistas podem entrar em greve no período do Carnaval.