Foi lançada no dia 15 de maio de 2004, na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), mobilização nacional e manifesto pela proibição das propagandas de cerveja e outras bebidas alcoólicas. O movimento, denominado “Beba Cidadania”, é liderado pelo Cremesp e pela Uniad (Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas, da Universidade Federal de São Paulo – EPM/UNIFESP) e conta com a participação de inúmeras entidades de defesa do consumidor, Igrejas, Universidades, Maçonaria, serviços de saúde, entidades médicas, conselhos profissionais, sindicatos, ONGs que trabalham com dependência química, grupos de apoio e auto-ajuda, entidades de defesa de portadores de patologias, dentre outras. Antes mesmo de ser lançado, o manifesto já era assinado por cerca de 180 entidades, que reivindicam a aprovação de legislação para limitar a publicidade de álcool nos meios de comunicação e em eventos esportivos, culturais e sociais, semelhante à legislação atual que restringe as propagandas de cigarro. Nos próximos dias será deflagrada campanha para adesão de centenas de entidades ao manifesto e coleta de um milhão de assinaturas, por meio de abaixo-assinado, para exigir a aprovação de lei pelo Congresso Nacional. Será disponibilizado um site na Internet, além de formulários próprios, cartazes e material de divulgação. As entidades também criticam, no documento, a omissão governamental e a ausência de políticas públicas de prevenção e controle do consumo do álcool no Brasil. Além da restrição da propaganda, principal foco da campanha, o movimento “Beba Cidadania” defende aumento do preço ou taxação das bebidas alcoólicas, com destinação de recursos arrecadados para prevenção e tratamento de dependentes; fiscalização e aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma vez que a venda de bebidas alcoólicas para menores é crime que não tem recebido punição; e controle rigoroso dos motoristas alcoolizados, de acordo com o Código Brasileiro de Trânsito. No texto do manifesto, as entidades alertam que o consumo de álcool é hoje um dos mais graves problemas de saúde e segurança pública do Brasil, pois é responsável por mais de 10% de todos os casos de adoecimento e morte no país; provoca 60% dos acidentes de trânsito; é detectado em 70 % dos laudos cadavéricos de mortes violentas; transforma 18 milhões de brasileiros em dependentes; leva 65% dos estudantes de 1º e 2 º grau à ingestão precoce , sendo que a metade deles começa a beber entre 10 e 12 anos; está ligado ao abandono de crianças, aos homicídios, delinquência, violência doméstica, abusos sexuais, acidentes e mortes prematuras; causa intoxicações agudas, coma alcoólico, pancreatite, cirrose hepática, câncer em vários órgãos, hipertensão arterial , doenças do coração, acidente vascular cerebral, má formação do feto, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e gravidez indesejada; impõe prejuízos incalculáveis, atendimentos em pronto-socorros, internações psiquiátricas, faltas no trabalho; além dos custos humanos, com a diminuição da qualidade de vida dos usuários e de seus familiares. A iniciativa é baseada não só nos comprovados efeitos nocivos do álcool, mas também em relatório recente da Organização Mundial da Saúde, que aponta padrão de consumo abusivo no Brasil; em estudos epidemiológicos e comportamentais realizados no país; bem como em diversas experiências internacionais bem sucedidas de diminuição do consumo e impacto do álcool após proibição ou restrição da propaganda.

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