O Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), localizado no Rio de Janeiro, vai realizar na próxima semana, entre os dias 22 e 26 de novembro, mais um mutirão de cirurgias de joelho, o quinto desde que o projeto foi implantado, em 2001. Com o mutirão, o Instituto deve atingir a marca recorde de 4,345 mil cirurgias em 2004, superando as 3,670 mil intervenções cirúrgicas do ano passado. A meta é chegar ao total de 4,8 mil até o final deste ano. De acordo com as informações do DATASUS/Ministério da Saúde referentes aos seis primeiros meses do ano, o Into é a entidade que mais realiza procedimentos de alta complexidade em ortopedia no país. Nesta edição do mutirão, serão realizadas artroplastias totais de joelho, ou seja, colocação de próteses. A especialidade está entre as três mais procuradas no Into, acompanhada das de coluna e quadril. Cerca de 45 pessoas vão ser beneficiadas e foram selecionadas entre os pacientes que estão há mais tempo na fila ou que apresentam os casos mais graves. A maioria é formada por pacientes idosos que sofrem de doenças degenerativas. “O mutirão de joelho tem uma grande importância social, pois pode melhorar a qualidade de vida de muitos idosos, que seriam condenados a ficar numa cama ou em cadeiras de rodas e dependentes de outras pessoas”, disse o chefe do setor de joelho, Laís Turqueto. De acordo com o especialista, o paciente recebe alta em 4 dias e depois de 15 já pode voltar a andar. Vão participar do mutirão todos os médicos da equipe de joelho do Into. Normalmente, são operados 40 pacientes por mês. Com o mutirão, esse número vai ser ultrapassado em uma semana. Hoje, existem 778 pessoas na fila por uma cirurgia de joelho. O tempo médio de espera ultrapassa um ano. Em maio de 2005, o INTO vai realizar um novo mutirão de joelho acompanhado do projeto Imersão, um trabalho de capacitação de novos profissionais, que poderão assistir as cirurgias ao vivo por um telão. Atualmente, 5 mil pessoas esperam por uma cirurgia no Into. Para cada pessoa operada, oito entram na fila. Para diminuir esse tempo de espera, o Into realiza os mutirões, entre outras iniciativas. Desde 2001, foram promovidos 16 mutirões entre as especialidades de joelho, quadril, coluna, fixador externo, infantil, ombro e cotovelo, trauma e crâniomaxilofacial. A meta para o ano que vem é de 5 mil cirurgias. O esforço concentrado da direção na realização de iniciativas como essas fez o Into passar da sexta colocação no ranking de cirurgias de alta complexidade em 2002 para a primeira em 2004, de acordo com dados mais recentes do DATASUS / Ministério da Saúde. Já no estado, das 1,834 cirurgias de alta complexidade realizadas, 55,18% aconteceram no Instituto. Para se ter uma idéia da desproporção do atendimento nessa área, o hospital que aparece em segundo lugar responde por apenas 7,52% do número de operações. Centro de excelência e referência nacional em ortopedia, o Into respondeu, durante todo o ano 2000, por 12% da demanda do estado em alta complexidade. Ou seja, desde então, mais do que quadruplicou sua capacidade cirúrgica nestes casos. Na capital, os índices da pesquisa DATASUS/Ministério da Saúde são ainda mais expressivos. O Into foi responsável por 72,01% dos 1.405 procedimentos feitos entre janeiro e junho, seguido por outra instituição que responde por apenas 5,76%. Fonte: FENAM – Informações: Perfil Comunicação
INTO promove mutirão de cirurgias de joelho e se aproxima da meta de 4,8 mil intervenções no ano
19/11/2004 | 02:00