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O Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into) e o Ministério da Saúde realizam, dia 29 de outubro, a partir das 8h30, na sede da entidade (rua Washington Luiz, 61 – Centro, Rio de Janeiro), o I Simpósio Internacional de Reconstrução Óssea. Organizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT), Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva (SBMR), o evento visa à atualização de profissionais da área e contará com a participação de especialistas de vários estados brasileiros e do exterior, além de médicos do próprio Into. Segundo Pedro Bijos, organizador do Simpósio e chefe do Serviço de Microcirurgia do Instituto, a demanda pela reconstrução óssea cresceu muito nos últimos anos, principalmente por causa do aumento da violência urbana e do alto índice de acidentes de trânsito. “Há algum tempo, atendíamos pessoas baleadas por armas calibre 38 ou 45. Hoje, nos grandes centros, lidamos com vítimas de fuzis AR 15 e AK47, que destroem o osso. Paralelamente, carros cada vez mais potentes têm tornado a gravidade dos desastres automobilísticos ainda maior”, revelou o médico. Patologia de difícil tratamento, a perda óssea é enfrentada pelos profissionais graças a técnicas microcirúgicas e modernos procedimentos de reconstrução do osso. Antes da aplicação desses métodos, praticamente 100% dos casos — esmagamentos, tumores malignos, lesões por acidentes de trânsito e infecções graves, entre outros — resultavam em amputação dos membros. A microcirurgia utiliza ossos do próprio paciente, com artérias próprias e que não dependem da aceitação do organismo dele para sobreviver. Dessa forma, não há risco de rejeição. A crista do ilíaco da bacia, por exemplo, pode reconstruir até meia mandíbula. Já a fíbula, um osso da perna, é o mais utilizado em diversos casos de reconstrução. Surgida na década de 70, a microcirurgia foi implementada no Into em 1989. De acordo com Pedro Bijos, que chefia o setor desde sua inauguração, a instituição é o hospital que reúne o maior conhecimento técnico sobre o assunto no Brasil, o que permite a realização de cirurgias dessa especialidade em um menor espaço de tempo. Atualmente, a equipe do Serviço de Microcirurgia do Into faz entre 40 e 60 operações por mês, com uma duração média de duas horas e meia cada. Muito delicadas, as intervenções envolvem técnicas precisas e podem seccionar vasos de dois a três milímetros. Por isso, são executadas com o auxílio de um microscópio. Entre os temas que serão debatidos durante o Simpósio de Reconstrução Óssea, uma espécie de prévia do congresso marcado para 30 de outubro, no Riocentro, destacam-se o tratamento de infecções graves, o salvamento de membros, os diferentes tipos de osteossíntese, a utilização do banco de ossos e de modernos materiais como placas, além das técnicas de transporte ósseo com fixador externo monoplanar. O ineditismo do encontro está justamente em discutir a associação das técnicas microcirurgicas às de osteossíntese, como no transplante de fíbula com o uso de haste intramedular bloqueada ou osteossíntese com a fíbula e utilização de placa LCP. A abertura do simpósio será feita pelo próprio Pedro Bijos e pelo diretor do Into, Sérgio Cortes. Entre os expositores, estarão também o professor Michel Schoofs, da Universidade de Lille, na França, especialista em macro-implantes e reconstrução do antebraço, e o professor Julien Pauchot, da Universidade de Besanson, no mesmo país, que falará sobre fraturas graves e urgências. A previsão dos organizadores é de que aproximadamente 200 pessoas participarão do evento. PROGRAMAÇÃO DO SIMPÓSIO 29 de outubro de 2004 (sexta-feira) 8h30 – Abertura Dr.Sérgio Cortes e Dr. Pedro Bijos 9h às 9h20 – Princípios Gerais do Tratamento das Fraturas Expostas. Dr. Sérgio Franco 9h20 às 9h40 – Técnicas de Fixação Óssea. Dr. Paulo Barbosa 9h40 às 10h – Osteossíntese com Haste Intramedular Bloqueada Associada à Fíbula no Tratamento das Perdas Ósseas Diafisárias da Tíbia. Dr. João Matheus Guimarães 10h às 10h20 – Cobertura Cutânea do Membro Superior com Técnicas Microcirúrgicas Dr. Jefferson Braga 10h20 às 10h40 – Cobertura Cutânea do Membro Inferior com Técnicas Microcirúrgicas Dr. Arnaldo Zumiotti 10h40 às 11h – Técnicas de Salvamento / Até Quando Preservar o Membro? Dr. João Recalde Rocha 11h às 11h20 – Infecção Aguda Pós-Osteossíntese Dr. Fernando Baldy 11h20 às 11h40 – Fraturas Grau IIIB: Cobertura, Fixação e Enxertia Óssea na Urgência Dr. Julien Pauchot (França) 11h40 às 12h – Cobertura do Antebraço com Retalho do Grande Dorsal em Dois Tempos Dr. Julien Pauchot (França) 12h às 14h – Almoço 14h às 14h20 – Enxerto Homólogo Dr. Eduardo Rinaldi 14h20 às 14h40 – Osteomielite Crônica sem Perda Óssea. Dr. José Carlos Faria 14h40 às 15h – Osteomielite Crônica com Perda Óssea. Dr. Teng Wei 15h às 15h20 – Transporte Ósseo Pelo Método de Ilizarov. Dr. Marcelo Mercadante 15h20 às 15h40 – Transporte Ósseo com Fixador Externo Monoplanar Dr. Fernando Adolphsson 15h40 às 16h – Reconstrução Óssea do Fêmur com Fíbula Vascularizada Dr. José Maurício do Carmo 16h às 16h20 – Reconstrução Óssea do Úmero com Fíbula Vascularizada. Dr. Pedro Bijos 16h20 às 16h40 – Reconstrução Óssea do Antebraço com Fíbula Vascularizada. Dr. Michel Schoofs (França) 16h40 às 17h – Perguntas 17h30 – Assembléia Geral da Sociedade Brasileira de Microcirurgia Reconstrutiva Fonte: Perfil Comunicação

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