Outro que valorizou essa conexão foi o presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), anfitrião do IV Congresso. Silvio Rodrigues ressaltou que este encontro coloca em perspectiva o futuro da profissão e a própria relação médico-paciente, “A medicina não é suficiente para tratar os pacientes. Hoje, a realidade mudou nas unidades e enxergamos o papel da música, do teatro, da espiritualidade, enfim questões com as quais o médico tem que estar envolvido”, acrescentou.
Também participaram da solenidade de abertura do Congresso a diretora do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Malu David; o presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novellino; a secretária estadual de Saúde, Ana Maria Albuquerque; o presidente da Federação Brasileira das Academias de Medicina, Antônio Arnaud; a presidente da Associação Médica do estado (AMPE), Helena Carneiro Leão; e Gentil Porto, representando o presidente da Academia Pernambucana de Medicina. Na noite de abertura, ainda houve o lançamento do livro “As bases do raciocínio médico”, de Fernando Queiroz Monte, e a apresentação da Orquestra de Médicos de Pernambuco.
Programação – O IV Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas, que tem como tema central “Ciência e Arte”, se estenderá até sexta-feira (7). O evento tem como objetivo fomentar aproximação e maior interface entre a prática médica e os diferentes campos de conhecimento, em especial os que pertencem ao campo das ciências humanas.
Para o coordenador do encontro, Roberto d’Ávila, durante as atividades os médicos e outros participantes poderão discutir a medicina como arte. “Esse Congresso começou pequeno, mas hoje se tornou um encontro importante para os interessados no tema. Acredito que ano que vem teremos mais tempo para discutir as humanidades que, em meu ponto de vista, englobam a ética, bioética, entre outros, sob a premissa de sua importância como forma de respeito aos pacientes”.
Na manhã desta quinta-feira (6), as atividades começaram com a conferência “A experiência da Caravana do Cremepe contada em duas canções”, que teve como conferencista o presidente do CFM. Também pela manhã está programada a mesa: “A ciência de fazer arte”, com os palestrantes Valdir Reginato, Pablo Gonzáles Blasco e Paulo Fernando Barreto Campello de Mello, que falarão, respectivamente, sobre literatura, cinema e música.À tarde será realizada a mesa “A arte de fazer ciência”, coordenada pelo secretário-geral do CFM, Henrique Batista. Os palestrantes serão Armando José d’Acampora, Luiz Roberto Londres e José Paranaguá de Santana, que falarão, respectivamente, sobre a relação entre a medicina e o saber, além do tema filosofia e a sociedade. No fim da tarde, será realizada a solenidade de entrega das Comendas do CFM.O dia 7 de novembro será destinado à realização de oficinas sobre literatura, cinema e música, que ficarão sob a coordenação do 2º tesoureiro do CFM, Dalvélio Madruga, e terão como tema “A arte de Ariano Suassuna”. As oficinas serão realizadas pelos mesmos palestrantes da mesa “A ciência de fazer arte”, prevista para o dia anterior. O IV Congresso Brasileiro de Humanidades Médicas será encerrado na manhã do dia 7, com um debate sobre os temas do encontro, coordenado por Carlos Vital e Luiz Roberto Londres.