O Congresso Médico do Centenário Brasil-Japão prosseguiu com suas atividades nesta sexta-feira, dia 20. Pela manhã, foi dado início ao módulo III, “Intercâmbios Brasil-Japão na área da medicina”, com apresentações sobre bolsas de estudos oferecidas a nikkeis brasileiros por instituições como a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), Associação Brasileira de Ex-bolsistas no Japão (ASEBEX) e pela Unesp – Botucatu, que também oferece bolsas a estudantes japoneses que queiram conhecer o Brasil. Hirro Dohy, da ABCC e da Associação Médica de Hiroshima, apresentou dados comparativos sobre os efeitos tardios provocados pela radiação da bomba atômica lançada em Hiroshima e os efeitos da explosão da usina de Chernobil. Na ocasião, foi anunciado por Jorge Carlos Machado Curi, presidente da APM, o convênio entre a Associação Paulista de Medicina e a Associação Médica de Hiroshima objetivando intercâmbio técnico-científico entre as entidades. O módulo IV, “A saúde da comunidade nipo-brasileira no Japão e no Brasil”, abordou o impacto das diferenças culturais em relação à saúde mental dos brasileiros que vão trabalhar no Japão e a chamada Síndrome do regresso; a prevalência de casos depressivos e de ansiedade em trabalhadores dekasseguis; como o movimento migratório dos pais afeta as crianças em seu desenvolvimento cognitivo e social; as dificuldades em diagnosticar doenças como hanseníase, tuberculose e malária, devido à extinção destas moléstias no Japão; e falta de um plano de ação eficiente para dar assistência ao portador do vírus HIV. Pelas apresentações, as mais graves barreiras para que a saúde do dekassegui fique comprometida são as dificuldades com o idioma japonês e falta de um seguro-saúde. Na parte da tarde, o módulo IV prossegue com as explanações sobre os problemas mais comuns que afetam a saúde dos nipo-brasileiros que vivem no Brasil: diabetes, câncer gástrico, câncer de cólon, doença de Kawasaki, doenças tireoidianas, artrite reumatóide. Serão feitas ainda análises sobre a evolução da saúde das colônias japonesas do sul do Brasil (SC e RS) nos últimos 40 anos e sobre os benefícios do diagnóstico precoce do câncer gástrico. Fonte: AMB
Intercâmbios Brasil-Japão na área da Medicina
20/06/2008 | 03:00