A sepse é um dos principais problemas de saúde no Brasil, sendo responsável por 30% da ocupação de leitos em unidades de terapia intensiva. Atualmente é a principal causa de morte nas UTIs e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer.

Entre as atividades previstas, o Instituto pretende distribuir folhetos informativos para profissionais de saúde e leigos em cerca de 1000 hospitais endereçados para a chefia das unidades de terapia intensiva e também para aproximadamente 700 hospitais, endereçados para a chefia dos serviços de urgência. Além da atuação nos estabelecimentos, o ILAS planeja ainda a entrega de material explicativo para leigos em pontos de alta circulação em 15 cidades brasileiras, feita por enfermeiras que vão esclarecer à população o que é e a sepse.
A sepse – Conhecida, antigamente, como septicemia ou infecção no sangue, a doença pode ser definida como a repercussão ou manifestação sistêmica de uma infecção. Significa que a partir de um foco infeccioso, por exemplo, uma infecção urinária ou uma pneumonia, todo o corpo fica comprometido. Conhecida como infecção generalizada, na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta inadequada numa tentativa de combater o agente da infecção.
O objetivo central das ações sobre a sepse em 13 de setembro é aumentar a percepção da doença tanto entre profissionais de saúde como entre o público leigo e, assim, priorizar a síndrome como uma emergência médica a fim de que todos os pacientes possam receber intervenções básicas, incluindo antibióticos e fluídos intravenosos, dentro da primeira hora. Apesar de o tratamento precoce com intervenções básicas estar associado à melhora na sobrevida, a aderência a essas medidas ainda é muito baixa no Brasil e em diversos locais do mundo.
Em nosso país, estima-se que 400 mil pacientes sejam atingidos anualmente, com letalidade em torno de 55%, podendo a chegar a 70%, dependendo das condições da região. “A mortalidade por sepse hoje no Brasil é elevada, principalmente em hospitais públicos. Um dos principais problemas para o controle da sepse no país é o atraso no diagnóstico, motivado não apenas pelo desconhecimento da doença pelos pacientes e familiares, mas pela própria equipe de saúde.
* Com informações do ILAS.