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A 3ª secretária do CFM, Dilza Ambrós Ribeiro, ressaltou a importância das bibliotecas dos CRMs para preservação da memória institucional dos Conselhos de Medicina

“As bibliotecas dos CRMs têm uma função muito importante, não só de preservação da memória institucional e democratização do conhecimento gerado, como de apoio às atividades desenvolvidas no dia-a-dia”, avaliou a 3ª secretária do CFM, Dilza Teresinha Ambrós Ribeiro, coordenadora das atividades da Biblioteca do Conselho Federal. A declaração da diretora abriu as discussões do I Encontro de Bibliotecários e Profissionais da Informação dos Conselhos de Medicina, realizado na sede da Autarquia, em Brasília (DF).

As discussões do evento tiveram início com a apresentação de Patrícia Baldez Américo Minervino, coordenadora geral do Laboratório de Inovação em Inteligência Artificial (LIIA/GNova), um espaço de desenho e aceleração de projetos de IA

Patrícia Baldez apresentou um histórico da IA no mundo e também a evolução das bibliotecas

para a solução de problemas do setor públicos da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Pós-graduada em Gestão Pública e Análise de Dados, a conferencista apresentou o tema “Bibliotecas inteligentes: IA e o Futuro da Pesquisa”. Na conferência, apresentou um histórico da Inteligência Artificial no mundo e também a evolução das bibliotecas, pontuando o papel do bibliotecário na curadoria, orientação e integração no uso de IA na pesquisa científica. Listou os tipos de aprendizado de máquina destacando os benefícios oferecidos pela ferramenta, como a sugestão de materiais relevantes baseados no perfil e histórico de acessos do usuário e a integração de bases acadêmicas.

No entanto, Patrícia Baldez destacou que o apoio da Inteligência Artificial, apesar das vantagens, também oferece riscos e desafios. Demonstrou preocupação com a homogeneização do conhecimento (respostas padronizadas), a dependência tecnológica com perda de senso crítico e as questões éticas como a desigualdade de acesso e os vieses das bases de dados e algoritmos. Finalizou relacionando itens de orientação para a integração humano-IA, concluindo que os profissionais de biblioteconomia são agentes essenciais para a integração entre tecnologia e conhecimento.

O diretor do IBICT Tiago Braga falou sobre o uso da IA em bibliotecas

IA nas bibliotecas – Ainda sobre o tema da Inteligência Artificial, seguiu-se com a apresentação de Tiago Emmanuel Nunes Braga, doutor em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília e diretor do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (IBICT/MCT). Tiago Braga falou sobre como o uso da IA em bibliotecas pode ser utilizado para descoberta de conteúdo, validação de informações, processamento de dados e interação do usuário com o acervo bibliográfico. Porém, chamou atenção para as dificuldades envolvendo o “desconhecimento da ferramenta, sobre como implementar a nova tecnologia, a falta de orçamento e pouca pesquisa sobre a aplicação da IA nas bibliotecas”. O palestrante apresentou as ações do IBICT para aplicação da IA na área de ciência da informação e finalizou fazendo uma análise crítica a respeito do papel da biblioteca na IA e deixou como mensagem final que: “A biblioteca é o espaço de fazer IA”.

Oficinas – À tarde foi oferecida uma oficina de práticas de gestão de projetos. Os trabalhos foram coordenados pela consultora técnica em documentação, Ana Carolina Araújo Stelle Araújo, graduada em Gestão da Informação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Na oportunidade, a especialista apresentou princípios e metodologias de gerenciamento ágil de projetos (GAP) desenvolvendo exercícios práticos para sua aplicação.

Ana Araújo destacou que as técnicas podem ser aplicadas à biblioteconomia e à ciência da informação como forma de impulsionar ideias inovadoras, capazes de gerar alternativas e modelos de atuação que valorizem os profissionais bibliotecários e fortaleçam a contribuição desses especialistas no contexto dos Conselhos onde atuam.

O coordenador da Rede Cariniana ressaltou a importância da definição de uma Política de Preservação Digital

Documentos digitais – O segundo dia do I Encontro de Bibliotecários e Profissionais da Informação dos Conselhos de Medicina foi marcado pela presença de especialistas na organização e preservação da informação em ambientes digitais. Primeiramente, em palestra proferida pelo doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Brasília (UnB), Miguel Ángel Márdero Arellano, coordenador da Rede Cariniana- Rede Brasileira de Serviços de Preservação Digital do IBICT, ressaltou a importância da definição de uma Política de Preservação Digital, apresentando os critérios técnicos adotados para a salvaquarda de conteúdos digitais. Explicou que essa preservação deve seguir padrões internacionais que definem a estrutura de metadados e sua aplicação em sistemas eletrônicos de gestão da informação, com o objetivo de assegurar tanto a preservação quanto a acessibilidade contínua desses documentos. Alertou que o uso inadequado das ferramentas de preservação digital pode acarretar a perda de registros relevantes e únicos, resultando em lacunas nos acervos patrimoniais.

Metadados – Dando continuidade ao evento, a doutora em Ciência da Informação Ana Carolina Simionato Arakaki, professora da  Universidade de Brasília, abordou o temática da organização e a representação da informação em ambientes digitais. A professora Ana

Ana Arakaki falou sobre a organização e a representação da informação em ambientes digitais

usou como exemplo um caso hipotético em que um paciente deseja saber uma segunda opinião médica. Ressaltou então a importância da organização da informação com a curadoria de metadados, respeitando as diretrizes para tornar os dados de pesquisa mais úteis e eficientes, facilitando seu compartilhamento e reutilização. Enfatizou ainda que compartilhar informação não se resume ao simples envio de um arquivo, mas envolve um processo estruturado, que deve considerar metadados clínicos, técnicos, éticos, jurídicos e operacionais. “Todos fundamentais para garantir segurança, contexto, interoperabilidade e confiabilidade da informação em saúde”, lembrou a conferencista.

O evento foi encerrado por Miriam Gomes, arquivista do CFM, que conduziu uma discussão sobre o papel da gestão documental na preservação do conhecimento organizacional. O presidente do CFM, José Hiran Gallo, também esteve presente nas atividades do Encontro de Bibliotecários e comemorou os resultados do evento, conduzido pela 3ª secretária do Conselho Federal, Dilza Teresinha Ambrós Ribeiro. Considerando o elevado nível das discussões, Hiran Gallo anunciou a intenção de que novos encontros de bibliotecários dos Conselhos de Medicina sejam promovidos anualmente pelo CFM.

 

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