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Em homenagem ao Dia Nacional do Infectologista, celebrado no dia 11 de abril, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) promove o lançamento da campanha “Antibiótico necessita de prescrição médica”. Com apoio da Bayer Schering Pharma, divisão da Bayer HealthCare, a sociedade faz um alerta sobre os riscos da automedicação e do uso inadequado de antibióticos. Segundo o presidente da SBI, Juvencio Furtado, diretor do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis e professor de Infectologia da Faculdade de Medicina do ABC, a escolha do tema se deve à procura espontânea da população por este tipo de medicamento nas farmácias de todo o País. “Os antibióticos devem ser prescritos por um profissional médico e, de acordo com a lei, devem ser vendidos somente com receita”, afirma o infectologista. O hábito de tomar remédios por conta própria é uma prática comum mundialmente, pois ao primeiro sinal de uma possível doença as pessoas procuram soluções rápidas para resolver o problema, muitas vezes de forma incorreta. Os analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos são a classe de medicamentos mais prescritos no mundo. “Devemos lembrar que todo medicamento possui dosagem e formulações específicas que devem ser respeitadas, por isso a dose e o intervalo de administração precisam ser conhecidos e obedecidos para evitar riscos ao paciente”, afirma Thais Guimarães, coordenadora de divulgação da SBI, médica infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital do Servidor Público Estadual de SP e do Hospital Santa Cruz. A especialista conta que é comum encontrar pessoas que ingerem dose dobrada de uma medicação esperando obter efeito mais rápido, o que não acontece e ainda pode piorar o quadro do paciente. A prescrição do antibiótico pelo médico é realizada quando o diagnóstico da infecção é confirmado ou suspeito, seja por meio de exame clínico, laboratorial ou investigação epidemiológica. O tratamento deve ser individualizado e o uso indiscriminado de antibióticos pode levar à resistência por parte das bactérias, ou seja, elas podem tornar-se resistentes aos antibióticos prescritos, fazendo com que a infecção não seja tratada. Hoje em dia as infecções causadas por bactérias resistentes são cada vez mais freqüentes não só nos hospitais, mas também no ambiente domiciliar. “Dessa forma, infecções comunitárias como amigdalites, faringites, pneumonias, infecções urinárias e de pele estão tornando-se mais difíceis de serem tratadas e podem acometer indivíduos de qualquer idade, incluindo crianças, jovens e idosos saudáveis ou não”, explica o infectologista Mauro Salles, primeiro secretário da SBI, chefe da Clínica de Infectologia e professor da disciplina de Infectologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo/SP. A capacidade dos microorganismos, em especial, das bactérias se tornarem resistentes aos diversos antimicrobianos é reconhecida há cerca de muitas décadas. O tema tem sido amplamente abordado em diversas publicações, pois apresenta grande impacto na morbidade, mortalidade e nos custos associados à saúde. “A automedicação de antibióticos que são vendidos em farmácias sem receita médica é uma das principais causas do cenário atual de infecções resistentes. Por isso, ao sinal de sintomas de qualquer tipo de infecção, o paciente deve procurar o médico, pois só ele pode dar a orientação correta quanto ao tipo e ao tempo de uso deste medicamento”, afirma Juvencio Furtado. Fonte: SBI

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