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Um estudo realizado em Porto Alegre mostra que mortalidade entre infectados é mais de três vezes superior à encontrada nos demais pacientes. Em todo o mundo, as principais causas da cirrose hepática são o elevado consumo de álcool e o vírus da hepatite C. No Brasil, dos pacientes internados com essa doença, cerca de 30% desenvolvem também algum tipo de infecção bacteriana, responsável por até 25% das mortes nesse grupo. Por isso, pesquisadores da Faculdade Federal de Ciências Médicas e da Irmandade Santa Casa de Misericórdia, ambas em Porto Alegre, decidiram avaliar a ocorrência da infecção em pacientes já hospitalizados – em geral, homens (71,2%), com cerca de 50 anos de idade. A taxa de óbito entre os infectados (8,9%) foi mais de três vezes superior à encontrada nos demais casos. No total, foram analisados 426 pacientes, internados em um hospital geral de Porto Alegre, entre 1992 e 2000. Entre eles, 90% (387) consumiam álcool com freqüência (35,4% do total), possuíam o vírus da hepatite C (34%), ou ambos (21,6%). Apesar dos altos índices, “não houve correlação entre a mortalidade e a etiologia da hepatopatia”, afirma o artigo sobre a pesquisa, publicado nos Arquivos de Gastroenterologia (vol. 40). Mesmo quando a doença era decorrente do álcool, em geral relacionado a um prognóstico negativo, a taxa de mortalidade (9,6%) não diferiu significativamente das demais etiologias (7,1%). O desfecho considerado foi alta ou óbito do paciente no período da internação hospitalar e o percentual de óbitos na amostra geral foi 4,3%. Entretanto, o especialista Angelo de Mattos e seus colegas, responsáveis pelo estudo, fazem uma ressalva: observou-se maior freqüência da etiologia alcoólica nos pacientes infectados (68,9% desse grupo), o que pode indicar maior tendência a esse quadro. Foram diagnosticados 135 casos (25%) com infecção bacteriana, sendo a do trato urinário e a broncopneumonia as mais freqüentes. “As causas dessa maior susceptibilidade à infecção, especialmente nesse grupo de pacientes, são várias: desde a capacidade diminuída do fígado cirrótico em remover as endotoxinas e bactérias, em decorrência da circulação colateral existente e da diminuição da atividade do sistema retículo endotelial, até estado de imunodepressão sistêmica (baixa resposta do sistema imunológico) e local”, afirma o estudo. “Tendo em vista a freqüência das infecções nos pacientes com hepatopatia crônica, é fundamental que estejamos atentos para o impacto que a mesma produz no prognóstico desses doentes”, concluem os pesquisadores. Fonte: Fenam

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