Entidades médicas, de professores, sindicalistas, estudantes de medicina, centrais sindicais, diretores de escolas de medicina e outras representações da sociedade civil repudiam intenção do governo de contratar médicos estrangeiros sem revalidação do diploma
Logo após a manifestação, haverá uma passeata de estudantes de medicina com os rostos pintados de verde e amarelo. Os caras-pintadas da saúde terão o apoio médicos e de outros setores da comunidade
A Associação Paulista de Medicina (APM) sedia, em 25 de maio, um ato público de repúdio à proposta do Governo Federal de importar seis mil médicos estrangeiros para atender no Brasil, sem os mesmos se submeterem a uma avaliação para comprovar que estão aptos a exercer uma medicina de qualidade. O protesto terá início às 10h, com a participação de instituições como a própria APM, Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, Sindicatos dos Médicos, Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas, Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, Força Sindical, Proteste – Associação de Consumidores, sociedades de especialidades médicas, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo, entre dezenas de outras entidades.
Riscos iminentes à população – Na oportunidade, será divulgada à imprensa e à sociedade a “Carta Aberta aos Brasileiros”, assinada por mais de 100 instituições da sociedade civil, posicionando-se contra a proposta do governo e alertando aos perigos que representa à saúde da população.
Os caras-pintadas da saúde – Encerrado o Ato Público, por volta de 11h30, todos acompanharão uma passeata de estudantes de medicina, que nessa data protestação em todos os estados brasileiros. Espera-se a participação de cerca de 2000 manifestantes, com apitos e os rostos pintados de verde e amarelo: os caras-pintadas da saúde. O ponto de encontro é a APM, de onde a passeata segue até o Largo São Francisco.
Entenda a conjuntura e o problema – Atualmente, o ingresso de profissionais de saúde estrangeiros no país depende da aprovação no “Revalida”, que atesta os conhecimentos e habilidades na prática da medicina. No entanto, alegando que faltam médicos em áreas afastadas do país, o Governo Federal pretender flexibilizar a Lei e facilitar a contratação médicos estrangeiros ignorando as leis que estabelecem a avaliação obrigatória.
Fonte: APM