A ilegal demissão do Diretor Clínico da Santa Casa de Misericórdia do Acre terminou por originar uma crise sem precedente nos anais daquela entidade. O Corpo Clínico, convocado inicialmente pelo Provedor para homologar a demissão do médico George Pires e aprovar a sua substituição por um outro indicado por ele mesmo, reuniu-se no Auditório daquela Casa e não aceitou a forma e nem as razões utilizadas. A reunião do Corpo Clínico foi coordenada pelo Conselho Regional de Medicina que se fez presente no ato para mediar o conflito e recompor competências que estavam sendo flagrantemente violentadas pela Provedoria. Após as explicações necessárias, o corpo clínico em seu conjunto, admitindo que a crise entre a Diretoria da Santa Casa e a Direção Clínica era irreversível implicando isso em sério risco de vida para os pacientes que ali eram internados, já que as condições de trabalho no hospital estavam cada vez piores, por conta das dívidas existentes e do despreparo técnico dos administradores, assumiu como sua a idéia de que a única alternativa de solução possível era a imediata renúncia coletiva da Diretoria da Santa Casa e da Diretoria Clínica, instâncias que seriam substituídas por uma Comissão Administrativa, a qual, no prazo de 60 dias, proporia as mudanças e adequações necessárias, cuidando, ao mesmo tempo, de carrear recursos e investimentos para melhorar as condições de trabalho. Foram indicados para compor a Comissão os médicos Arnaldo Barbosa, Dilza Ribeiro, Ducigelda Casa e Donald Fernandes. A proposta foi aprovada de imediato pelo Diretor Clínico e Vice-Provedor da instituição. A degradação do patrimônio da Santa Casa, consumido no pagamento de dívidas que nunca acabariam porque as despesas eram muito maiores que as rendas, é palpável e acabaria ocasionando o fechamento do Hospital e a demissão de mais de 160 pessoas. Este processo não é recente, há mais de 10 anos a Santa Casa se debate nesse círculo, sendo essa a razão pela qual bens imóveis, equipamentos e algum instrumental foi vendido, sem que tais vendas solucionassem a crise nem as dívidas. O Corpo Clínico entendeu que o problema, ademais de competência administrativa, exigia credibilidade, condições que, sem desmerecer ninguém, os atuais Diretores não mais gozavam na comunidade, exigindo fossem adotadas medidas corajosas e desvestidas de interesses outros que não fossem direcionadas ao soerguimento da Santa Casa e assim se posicionou. Solicitou-se a presença do Provedor e, após breve exposição do decidido, foi acordado que seria dada resposta em 48 horas. Transcorrido o prazo o Provedor se manifestou discordando do encaminhamento e afirmando que tudo seria discutido na justiça, onde faria valer sua autoridade. A decisão do Provedor foi apreciada pelo Corpo Clínico, desta feita reunido no Auditório do CRM quando, contando com o apoio do Sindicato dos Médicos, da Associação Médica e do Conselho, lamentaram o posicionamento adotado e acordaram que todos os médicos do Corpo Clínico da Santa Casa deixariam de atender naquele hospital até que as condições mínimas de trabalho não fossem dadas, para assim poder prestar um serviço médico digno aos pacientes. A Comissão nomeada na primeira reunião elaborou um manifesto onde coloca a posição e esclarece os motivos que levaram o Corpo Clínico a empenhar-se nessa luta de mudança e preservação de uma entidade que já é patrimônio público. Todo o decidido foi comunicado oficialmente ao Sr. Provedor da Santa Casa, às 11 horas e 30 minutos do dia 17 de abril, data a partir da qual estarão suspensos os serviços médicos no hospital dessa entidade.

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