O II Fórum de Especialidades Médicas iniciou na manhã desta quinta-feira, dia 28, em Brasília. A mesa de abertura contou com a presença do 2º vice-presidente do CFM, Rafael Marques; do coordenador geral de hospitais universitários federais do Ministério da Educação, Celso Ribeiro de Araújo; da coordenadora de residências em saúde do Ministério da Saúde, Jeane Michel; do secretário-executivo da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Evandro Guimarães; diretor científico da Associação Médica Brasileira (AMB), Edmund Baracat; e do representante da Federação nacional dos Médicos (Fenam), Antônio Pereira. Celso Ribeiro de Araújo afirmou que o MEC tem consciência da situação da formação do nível superior do país. “Temos o diagnóstico da rede hospitalar, e sabemos do que tem que implementar com impessoalidade tanto na graduação, quanto na pós-graduação”, disse. Araújo contou que o MEC está em parceria com o Ministério da Saúde para identificar a carência e as necessidades das especialidades no país. “Criaremos novas vagas e novos programas de residência médica, principalmente nas regiões mais carentes”, completou. Segundo dados do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), apenas 53%, dos 92.580 médicos de SP possuem especialização. Cinco especialidades concentram quase 50% deles: ginecologia e obstetrícia (15%), pediatria (11,7%), cirurgia geral (7,1%), clínica médica (6,8%) e cardiologia (6,5%). Para o diretor científico da AMB, Edmund Baracat, infelizmente a capacidade de absorção dos profissionais médicos que se graduam a cada ano não é plena. Esse fato faz com que parcela considerável desses profissionais não tenha a qualidade desejada, “as especialidades médicas estão, em sua grande maioria, incluídas na grade curricular do curso médico. As novas diretrizes curriculares nacionais para o ensino médico não devem contemplar tão somente a formação do médico generalista”, disse. O secretário da CNMR, Evandro Guimarães, salientou que o mercado de trabalho determina quais são os egressos nas residências. Tem especialidade que sobram vagas. “Não adianta aumentar as vagas, é preciso também trabalhar as especialidades”, contou. Programação da tarde PAINEL: A especialidade médica e o sistema de saúde Secretário: Dr. Rafael Dias Marques Nogueira – CFM Moderador: Dr. Antônio Gonçalves Pinheiro – CFM 14h Necessidade de Especialistas no SUS Dr. Sigisfredo Brenelli – Ministério da Saúde 14h30 Os Médicos que o Brasil precisa Dr. Genário Alves Barbosa – CFM 15h Oferta e distribuição de médicos especialistas no Brasil Dr. Aldemir Humberto Soares – AMB 16h Debates 17h30 Encerramento
II Fórum: carências de especialidades no país
28/05/2009 | 03:00